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Aumento dos combustíveis ajudaria a estatal a enfrentar dificuldades de caixa
A Petrobras precisa de um aumento dos preços da gasolina para enfrentar o desafio que surgiu com a queda dos preços do petróleo "brent" no mercado internacional. Ontem o Goldman Sachs rebaixou a recomendação para "neutro" e removeu a estatal da lista de favoritas da América Latina. Esta semana o banco reviu sua estimativa de preço do petróleo em 2015 para US$ 84, enquanto a consultoria norueguesa DNB Markets reduziu sua projeção para US$ 80. O plano de negócios da Petrobras estima o preço em US$ 100.
Entre as razões do rebaixamento pelo banco estão os preços mais baixos do petróleo, a dependência da política de preços (sem reajustes automáticos garantidos) e as variações cambiais esperadas daqui por diante. Segundo o Goldman, cada 1% de aumento no diesel e gasolina tem potencial de impacto de R$ 1,7 bilhão na geração de caixa medida pelo Ebitda, mantidos os volumes de venda. Para cada 1% de apreciação ou depreciação do real, o impacto potencial no Ebitda é de R$ 1,4 bilhão de aumento ou queda. O efeito não caixa no resultado financeiro é de R$ 200 milhões de perda ou ganho.
O Goldman acredita que para manter seu fluxo de caixa em níveis sustentáveis a Petrobras terá que aumentar combustíveis, cortar investimentos em refino ou acessar mercados de dívida ou de soluções financeiras estruturadas, arcando com maiores custos.
Valor Econômico