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B10 chega ao mercado dia 1º

O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou, em reunião extraordinária realizada em novembro de 2017, a antecipação do aumento da mistura do biodiesel ao diesel dos atuais 8%, o chamado B8, para 10%, o B10, já a partir de 1º de março. A elevação estava prevista apenas para março de 2019, mas a antecipação foi aprovada após demanda do setor e avaliação técnica.

A mudança está prevista na Resolução Nº 23, de 9 de novembro de 2017. Dados apresentados na reunião da CNPE apontam que a demanda do biodiesel no Brasil deve crescer em 1 bilhão de litros em 2018 com a nova mistura a partir de março. O consumo deve sair dos 4,3 bilhões de litros estimados para 2017 para 5,3 bilhões de litros no próximo ano. A capacidade instalada total da indústria brasileira de biodiesel é de 7,7 bilhões de litros.

A antecipação aumentará a demanda por biodiesel e, consequentemente, o processamento doméstico de soja e o refino de óleo para biodiesel.

O óleo de soja é a principal matéria-prima utilizada na fabricação de biodiesel, com uma participação entre 75% e 80%.

Desde 1° de janeiro de 2010, todo o óleo diesel veicular comercializado ao consumidor final contém biodiesel. Essa mistura é denominada óleo diesel B e, assim como o combustível de origem fóssil, requer determinados cuidados para que a qualidade do produto se mantenha ao longo de toda a cadeia de abastecimento – da produção até o consumidor final.

O biodiesel possui certo grau de higroscopicidade. Essa característica tende a favorecer a incorporação de água ao produto, o que deve ser definitivamente evitado. Quando o biodiesel é misturado ao óleo diesel A, a água dissolvida no primeiro pode passar para a fase livre. A presença de água livre pode favorecer a formação de depósitos, tanto decorrentes da borra química quanto do crescimento microbiano de bactérias e fungos, podendo provocar o entupimento de filtros e corrosão metálica.

Junto com a adição de biodiesel vieram rotinas de cuidados com o manuseio para garantir a qualidade do combustível, uma vez que minimiza a contaminação por impurezas, a degradação microbiológica, oxidativa e a formação de borra.  Entre elas, estão:

Aumento de limpezas de tanques;
maior freqüência na troca de filtros;
Renovação contínua do produto;
- Verificar se os tanques e compartimentos de armazenamento e transporte estão isentos de água antes do abastecimento com o óleo diesel B;
- Verificar periodicamente a presença de água, principalmente no fundo dos tanques;
- Manter os tanques de armazenamento preferencialmente na capacidade máxima permitida para minimizar a presença de oxigênio e vapor d’água;
 - Drenar equipamentos e veículos que não serão usados por longos períodos, de forma a evitar o acúmulo de água e a deterioração do combustível;
- Analisar, frequentemente, amostra de seu combustível para verificar sua qualidade, bem como a presença de microorganismos contaminantes.

Com informações do Manual de Manuseio e armazenamento de óleo diesel B da ANP