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Com melhora na situação egípcia, petróleo fecha em baixa

Os preços do petróleo baixaram nesta segunda-feira em Nova York, quando a situação parecia estabilizar-se no Egito, onde o governo iniciou negociações com a oposição.

No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate (designação do "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em março fechou em 87,48 dólares, em baixa de US$ 1,55 em relação à sexta-feira, quando tinha registrado perda semalhante.

"Alguns temores sobre o Egito são agora considerados em parte resolvidos", comentou Adam Sieminski, do Deutsche Bank. "O fato da situação não ter se deteriorado levou menos risco ao mercado de petróleo". "O fator \'risco\' abandonou o mercado", completou.

No 14º dia de revolta contra o governo no Egito, o presidente Hosni Mubarak prometeu nesta segunda-feira uma alta de 15% nos salários dos funcionários públicos e nas aposentadorias.


Esses anúncios foram feitos um dia depois da "sessão de diálogo nacional" entre o governo e a oposição, ao qual se somou a Irmandade Muçulmana, primeiro grupo de oposição e inimigo do governo. Trata-se da primeira vez em meio século que o governo e o grupo islâmico dialogam publicamente.

Mesmo assim, milhares de manifestantes continuaram nas ruas do Cairo nesta segunda-feira, onde a vida parecia recobrar seu ritmo, com a reabertura das lojas e das avenidas.

"Apesar de a situação no Egito estar longe de ser resolvida, um leve apaziguamento das tensões na região contribuiu para acalmar o mercado", indicaram analistas da Barclays Capital.

O Egito não é um grande produtor, mas dispõe de duas vias estratégicas para transportar o petróleo no Oriente Médio, do Mar Vermelho ao Mediterrâneo: o canal de Suez e o oleoduto Suez-Mediterrâneo (Sumed).

Os investidores temem também que os movimentos de protesto, que começaram em Túnis e se reproduziram no Egito, ampliem-se para outros países da região, onde estão os maiores produtores mundiais de petróleo, como Arábia Saudita, Líbia e Argélia.

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