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Em MT, etanol registra melhor patamar de competitividade
Depois de um 2011 de perdas na preferência do consumidor, o etanol hidratado volta, mesmo que de devagarzinho, a ser preferência na hora de abastecer. Com valor de bomba atuando em cerca de R$ 1,75, o etanol corresponde a 63% do valor afixado para a gasolina e assim torna-se competitivo e passa a ganhar a preferência com o menor patamar na relação custo/benefício. Por ter uma queima maior, roda menos quilômetros com um litro em relação ao rendimento de motores a gasolina, o teto do etanol não deve superar 70% do valor do litro do derivado de petróleo.
No auge do mercado, com o litro do etanol a R$ 2,29 e o da gasolina a R$ 2,99, a relação atingiu mais de 76% do valor do derivado de petróleo, situação que mudou o hábito do consumidor que, até então, demanda mais etanol do que gasolina. Com um leve recuo de preços registrado no último final de semana nos postos de Cuiabá e Várzea Grande, o litro se sobrepõe à gasolina e volta a ser atrativo e vantajoso para quem quer economizar.
Desde meados de março o preço do hidratado vem recuando, refletindo os efeitos da safra estadual de cana-de-açúcar em plena moagem, com todas as dez usinas locais em operação. De janeiro a maio deste ano, o litro ao consumidor recuou cerca de 22% nas duas cidades, ao comparar o teto (R$ 2,29) ao valor atual de até R$ 1,79.
Com uma leve queda de preços no último final de semana, o derivado da cana atingiu R$ 1,77 onde o litro estava cotado na bomba a R$ 1,79 até a última sexta-feira e R$ 1,75 onde já estava a R$ 1,79. O movimento também empurrou o litro da gasolina, que pode ser encontrado por R$ 2,77, ante um teto de R$ 2,99 nos primeiros meses de 2012.
MERCADO - Pela terceira semana consecutiva, o preço médio do etanol hidratado apurado, em Mato Grosso, é o segundo mais barato do Brasil, conforme pesquisa ANP que observou o comportamento do mercado entre os dias 20 a 26 deste mês. São Paulo lidera o ranking semanal com preço médio de R$ 1,83, seguido por Mato Grosso e Goiás com média de R$ 1,93. O litro mais caro do Brasil está em Roraima, R$ 2,56.
Para chegar ao preço médio do Estado, a ANP visita revendas em oito cidades – Cuiabá, Várzea Grande, Cáceres, Sinop, Sorriso, Rondonópolis, Alta Floresta e Santo Antônio de Leverger – e tira uma média de preços. O mais alto registrado foi de R$ 2,40, em Sorriso (460 quilômetros ao norte de Cuiabá). Cuiabá exibe o menor valor semanal, média de R$ 1,85, cerca de R$ 0,03 a menos em relação à semana passada.
CANA - As dez usinas mato-grossenses estão em pleno funcionamento. Desde o início deste mês a maior parte das unidades retomou as atividades e segue a missão de moer 14,5 milhões de toneladas de cana-de-acúçar, temporada que - ao contrário do ano passado, quando foi encerrada precocemente em outubro por falta de matéria-prima - deve seguir até os primeiros dias de dezembro.
Diário de Cuiabá