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Em reunião com Taques, Locatelli reitera reivindicações do setor de combustíveis
Em meio à crise gerada pela paralisação dos caminhoneiros e com a consequente falta de combustíveis e interrupção de serviços, o presidente do Sindipetróleo (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis de Mato Grosso), Aldo Locatelli, participou de reunião com o governador do Estado, Pedro Taques. A reunião ocorreu na tarde desta segunda-feira (28), no Palácio Paiaguás.
Juntamente o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas, Eleus Vieira Amorim, e empresários do transporte e do setor de combustíveis, discutiu soluções a serem apresentadas aos manifestantes – transportadores autônomos.
Locatelli criticou a demora na criação da delegacia especializada no combate à sonegação e roubo de carga no setor de combustíveis e citou que a diferença entre os valores de Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) em relação aos demais estados como sendo um grande motivador de consumo fora de Mato Grosso e que deixa o óleo diesel mais caro.
Ele falou que o constante reajuste na pauta dos combustíveis (preço de referência para a cobrança de ICMS) acaba aumentando os custos à sociedade em geral. “Estou a ponto de tirar minhas empresas de Mato Grosso, pois fora daqui tenho muito mais condições de trabalhar. Precisam rever os impostos”, reclamou.
O presidente do Sindipetróleo disse também que sempre encontrou as portas do gabinete de Pedro Taques abertas para ouvir o setor, porém completou dizendo que o governador não realizou soluções efetivas. “Estou sendo chamado de ladrão porque os impostos são muito altos. Eu não quero mais ser chamado de ladrão. O senhor governador sempre nos atende, mas não resolve. Há muito tempo pedimos”, afirmou.
O empresário Daniel Locatelli defendeu o combate à sonegação como um grande motivo para a redução dos impostos. “Se houver um esforço para combater a sonegação, valores serão recuperados com maior arrecadação e a partir disto o ICMS poderá ser reduzido”.
Pedro Taques, por sua vez, disse que não resolverá o imbróglio do ICMS sozinho e que precisa haver um consenso entre os Estados. “A culpa por subir os impostos não é minha. Não fui eu quem aumentou os impostos. A decisão de uniformizar as alíquotas não pode ser tomada aqui. Convido representantes do setor para tratarmos disso com outros estados”, contestou Taques.
Ao final da reunião ficou definido também que uma proposta de redução da pauta será levada ao Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) com o objetivo de reduzir a base de cálculo para cobrança de ICMS. Neste caso, as conversas serão lideradas pelo secretário estadual de Fazenda, Rogério Gallo. O secretário de Segurança Pública, Gustavo Garcia Francisco, se comprometeu a realizar uma força-tarefa para combater a sonegação de impostos, isso enquanto não for definida a criação da delegacia.
A reunião contou com representantes dos trabalhadores do transporte, agricultores e de outras empresas localizadas no Distrito Industrial.
Simone Alves
Ass. de Comunicação
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