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Petrobras vai manter política de reajuste de preços a médio e longo prazos

A presidenta da Petrobras, Graça Foster, disse hoje (19.03) que a Petrobras vai manter a política de médio e longo prazos para reajustar preços de combustíveis. A estratégia evita repassar ao mercado doméstico as  oscilações de curto prazo no preço do petróleo no mercado internacional. Ela admitiu, entretanto, que persiste a defasagem de preços, apesar dos últimos aumentos.

Com a política de reajuste de médio e longo prazos, a Petrobras conseguiu manter seus preços acima do nível internacional até o final de 2010. Mas, com o aumento do preço dos combustíveis e a desvalorização do real ante o dólar a partir de 2011, o preço do combustível no Brasil ficou muito defasado e gerou prejuízos à estatal petrolífera.

Segundo Graça Foster, os quatro reajustes no preço do diesel, que somaram 21,9%, e os dois da gasolina, que somaram 14,9%, nos últimos meses, ainda não foram suficientes para superar a defasagem em relação aos preços internacionais.

“Vinte e dois por cento no diesel é um reajuste bastante expressivo. Na gasolina, tivemos quase 15%. Se não fosse pela desvalorização do câmbio, porque nossos preços são em reais, teríamos tido uma convergência muito mais próxima dos preços internacionais”, disse a presidenta.

Graça Foster se diz satisfeita com reajuste do diesel e descarta novo aumento

Ao mesmo tempo, a presidenta da Petrobras, Graça Foster, disse que está satisfeita com o aumento do óleo diesel concedido no início do mês e traçou um cenário positivo à queda no preço do barril de petróleo leve tipo brent no mercado internacional. Ela participou de coletiva à imprensa de apresentação do Plano de Negócios e Gestão 2013-2017, na sede da companhia.

“Eu estou satisfeita com o aumento que nós, Petrobras, concedemos ao diesel de 5%. O aumento se deu no dia 6 de março, hoje estamos em 19 de março e não faz sentido, dentro da política da Petrobras, que é de médio e longo prazos, começarmos a conversar sobre aumentos de preços. Então, os quatro reajustes que nós tivemos, em nove meses, são muito importantes para garantir a sustentabilidade do nosso plano.” Graça Foster avaliou que a questão cambial não deverá impactar negativamente no preço dos combustíveis nos próximos meses e considerou que o valor do barril do petróleo leve tipo brent deverá cair dos atuais US$ 110 para até US$ 85. “Nós acreditamos, no curto prazo, em um brent de US$ 110 por barril, caminhando para US$ 100 e, mais ao final do período, chegando a US$ 85 por barril. Nós temos uma previsão sobre câmbio. Entendemos que, com todos os acontecimentos que estão por vir no Brasil, que tem estabilidade, é um mercado crescente de consumo, o que interessa aos investidores internacionais, virão mais dólares para o país.” A presidenta da Petrobras considerou que esses fatores poderão favorecer à companhia. “Tudo isso significa que nós poderemos ter apreciação do real, o que vai ser favorável a nós [Petrobras]. É uma avaliação matemática: 75% da nossa dívida é contratada em dólar. Se ficamos em US$ 85 por barril, acaba que batemos em cima da paridade dos preços internacionais e o sinal para nós se modifica.” Graça Foster encerrou a coletiva dizendo que a meta final é buscar a convergência de preços praticados no mercado interno com os do mercado internacional. “Não posso dizer que precisamos de mais um ou dois ou três ou nenhum reajuste para pôr este plano [de negócios e gestão] sustentável. O que tem sido demonstrado é que nós temos buscado a convergência dos preços internacionais.” O Plano de Negócios e Gestão para os próximos cinco anos totaliza investimentos de US$ 236,7 bilhões. A maior fatia é direcionada ao segmento de exploração e produção, com US$ 147,5 bilhões, correspondente a 62% do total. Em segundo lugar, aparece o segmento de abastecimento, com US$ 64,8 bilhões, ou 27% do total. Em terceiro, está o setor de gás e energia, com US$ 9,9 bilhões, ou 4% do total. Os demais investimentos serão divididos entre as outras áreas da empresa.

Agência Brasil