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Preço do petróleo cai ao menor nível em mais de um ano

Os preços dos contratos futuros do petróleo caíram para o menor nível em mais de um ano na New York Mercantile Exchange (Nymex), seguindo o declínio observado nos mercados de ações por causa de novas preocupações sobre a crise da dívida na Europa.
O contrato do petróleo para novembro negociado na Nymex caiu 1,94 dólar, ou 2,50%, para 75,67 dólares o barril – o menor nível desde 23 de setembro de 2010. Na plataforma ICE, o contrato do petróleo tipo Brent para novembro recuou 1,92 dólar, ou 1,88%, para 99,79 dólares o barril, o menor desde 7 de fevereiro.

O dia começou com uma venda maciça de ações que derrubou os preços em mais de 3,4%, embora o mercado tenha estancado as perdas e se tornado positivo por um curto período durante a fala do presidente do Federal Reserve (Fed), Ben Bernanke, na qual ele pediu que os congressistas ajudem os proprietários de residências e disse que o banco central está "preparado para tomar mais ações" a fim de ajudar a economia, "se necessário".

A declaração fez com que o mercado de ações subisse e a cotação da moeda americana recuasse. Dólares mais baratos podem tornar o preço do petróleo mais alto. Quando a divisa perde força, o barril fica mais barato para quem detém outras moedas. Após o fechamento do mercado de petróleo, as bolsas dos EUA viraram e encerraram o pregão em alta diante da notícia de que as autoridades da União Europeia (UE) estariam preparando planos para ajudar os bancos da região.

Operadores e analistas disseram que preocupações em relação à dívida da Europa e às projeções para o crescimento global e dos Estados Unidos têm suplantado os fundamentos de oferta e demanda do mercado de petróleo ultimamente, com os traders amplamente seguindo a direção dos índices de ações como referência. "Parece que nós apenas seguimos as ações", disse Andy Lebow, trader e corretor da MF Global. "Eu odeio dizer isso, mas nós não provemos muita liderança para o mercado, apenas o seguimos."

Com a Grécia alegando que não vai cumprir suas metas de redução de déficit neste ano, temores de um calote da dívida soberana estão cada vez maiores – não apenas na Grécia, mas também em nações como Itália e Espanha. Traders estão colocando na balança o que isso pode significar para o crescimento da economia global e seu impacto na demanda por energia, disse Matt Smith, analista da Summit Energy.


(Portal Veja com Agência Estado)