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Sindipetróleo anseia por regulação do estoque de etanol

A presidente Dilma Rousseff assinou nesta quinta-feira (28.04) uma medida provisória que dá status ao etanol de "combustível estratégico", deixando de ser um mero produto "derivado da produção agrícola". A MP 532, publicada nesta sexta-feira no Diário Oficial da União, dá poder a Agência Nacional de Petróleo (ANP) para regular a comercialização, a estocagem e a exportação e importação do produto.
 
A medida também abre espaço para uma possível redução da mistura do etanol anidro na gasolina. Atualmente, a mistura ocorre na proporção de 25%. Com a medida provisória, este percentual pode ser reduzido pela ANP, a qualquer momento, para até 18%. "Assim como os consumidores, nós, donos de postos, estamos ansiosos pela regulação do estoque do etanol para que os preços de aquisição dos combustíveis reduzam para todos", disse Bruno Borges, primeiro-secretário do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis de Mato Grosso (Sindipetróleo).
 
A redução seria uma forma de disponibilizar mais produto no mercado, já que a menor mistura deixa o preço da gasolina menos exposto às variações do valor do etanol. Neste período de entressafra da cana-de-açucar, o mercado deste combustível vem enfrentando uma forte alta nas usinas e nas distribuidoras.
 
Cada ponto percentual a menos na mistura de etanol anidro na gasolina pode representar o equivalente a 250 milhões de litros a mais no mercado.
 
Controle sobre o açucar
 
Conforme o jornal Valor Econômico, Dilma ainda analisa a possibilidade de taxar em 4% a exportação de açúcar. “A presidente reclama que os usineiros preferem produzir açúcar ao etanol, movidos pelo aumento na cotação da commodity no mercado internacional. Avaliações mostram que os preços do açúcar superam os do etanol em 75%”, destaca o veículo.
 
Para o governo federal, medidas concretas para conter o aumento do etanol são importantes para dar um sinal claro da disposição do governo em controlar a inflação, que ameaça ultrapassar a meta de 6,5% para este ano. (Assessoria Sindipetróleo com informações do Valor Econômico)