A Gazeta: Combustíveis ficam mais baratos
Concorrência entre distribuidoras e postos favorece o consumidor que tem paciência para pesquisar preços
Preços da gasolina e do etanol caíram no varejo na última semana em Mato Grosso. Considerado o valor mínimo praticado nas bombas, o derivado do petróleo baixou 9 centavos, passando de R$ 4,39 há duas semanas para R$ 4,30 na última, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Já o derivado da cana teve recuo de 4 centavos no mesmo período, com custo mínimo nos postos saindo de R$ 2,47 para R$ 2,43. Já no início desta semana, o litro do etanol pode ser encontrado por até R$ 2,39 em alguns postos de Cuiabá. A gasolina acumula recuo de preço na refinaria desde 12 de julho, quando o litro do combustível fóssil era vendido por R$ 2,05 (sem impostos) às distribuidoras.
Nesta terçafeira (24), o litro passa a custar R$ 1,94, baixa de 11 centavos ou de 5,36%. O preço volta ao mesmo patamar registrado em 30 de junho, após 5 reduções. Já o etanol que saía das usinas de Mato Grosso ao preço médio de R$ 1,89 em 29 de junho, vem abaixando e chegou a R$ 1,80 desde a semana anterior (de 9 a 13 de julho), se manteve na semana passada com que de 4,76% em quase 1 mês, segundo dados do Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras de Mato Grosso (Sindálcool/MT).
O gerente de um posto de bandeira branca que vendia o litro do etanol a R$ 2,37 nesta segunda-feira, comenta que a queda sofre influência da concorrência, já que nas distribuidoras o preço se mantém estável. “Estamos acompanhando o preço do concorrente e vendemos um pouco abaixo, praticando a margem de 20% em cima da compra”, informa o gerente Hugo Arima. Segundo ele, hoje a concorrência é forte entre as distribuidoras. Para o consumidor, essa competição é bem vinda, afirma o motorista autônomo Wayne Andrade, 43, que consome um tanque de combustível por dia. “Até fiquei surpreso com o preço. Abasteço sempre com etanol para o dia a dia. Apenas uso gasolina quando vou viajar, e o preço aumenta a cada dia e complica para nós que trabalhamos com o transporte”, comenta ele, que calcula uma economia em torno de R$ 15 com a “promoção” do etanol.
O taxista Ademar da Costa, 72, também parou no posto para abastecer aproveitando o valor reduzido. “O menor que achei foi esse. Vi de R$ 2,69 a R$ 2,49 por aí. Mesmo assim não dá muita diferença, porque gastamos muito com o táxi. Acho que tem que baixar mais o preço, porque ainda está alto. Nós taxistas gastamos de 30% a 40% do que ganhamos com combustível. Gasolina então nem compensa com essa diferença de R$ 2”.
A Gazeta