Abastecer com etanol se torna mais vantajoso
Nos postos da Grande Cuiabá, o preço do etanol hidratado apresentou queda acentuada em maio. Do início de abril até o início da terceira semana deste mês, o preço do etanol passou de R$ 2,27/litro para R$ 1,66/litro. Segundo informações das distribuidoras, há um mês estão ocorrendo quedas semanais que variam entre 2% e 5%. Em alguns postos a queda acumulada alcançou 27% nesta segunda-feira (16).
Os postos já estão percebendo mudança de opção dos consumidores. Quem possui carro flex já prefere o etanol combustível. O produto derivado da cana-de-açucar é mais vantajoso economicamente se o seu preço não ultrapassar 70% do valor da gasolina C.
Com o litro da gasolina a R$ 2,84 e o do etanol a R$ 1,66, por exemplo, o etanol é mais vantajoso, já que o seu valor não ultrapassa 59% do preço da gasolina. O cálculo é simples: divide-se o preço do etanol pelo da gasolina e multiplica-se por 100. Se o resultado for menor do que 70, é melhor abastecer com etanol.
O preço da gasolina também caiu neste mês de maio. Em abril, o litro da gasolina em alguns postos chegou a custar R$ 3. Desde o último fim de semana já é possível encontrar o combustível derivado de petróleo a R$ 2,84/litro aproximadamente.
O diretor-executivo do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural de Biocombustíveis de Mato Grosso (Sindipetróleo), Bruno Borges, explica que os postos repassaram todas as reduções ocorridas nas usinas e, consequentemente, nas distribuidoras. “As altas nos preços do etanol hidratado ocorreram em função do período de entressafra da cana-de-açucar. Na medida em que as usinas e as distribuidoras aumentaram os preços, os postos também repassaram as altas ao consumidor. Mas os postos nem sequer repassaram todas as majorações que amargaram no período da entressafra”, destaca Borges.
Dica ao consumidor
O Sindipetróleo orienta que o consumidor fique atento à qualidade dos combustíveis. “Na dúvida, peça para o frentista realizar o teste de qualidade. O posto conta com os equipamentos necessários para a medição. O cliente do posto também não pode deixar de solicitar a nota fiscal”, diz Borges. Em caso de suspeitas, denúncias podem ser feitas à Agência Nacional de Petróleo, através do telefone 0800 970 0267.
O sindicato também explica que adulteração não se resume às misturas irregulares nos combustíveis. “É preciso ficar atento também à quantidade. Exibir na bomba uma quantidade de combustível a mais do que está sendo entregue também é crime contra o consumidor e contravenções o Sindipetróleo nunca apoiou”, esclarece Borges.
Em caso de desconfiança, a aferição da quantidade pode ser feita da seguinte forma: coloca-se 20 litros de combustível (marcados na bomba) em um recipiente previamente aferido pelo Inmetro. Este recipiente possui uma régua graduada que informa a quantidade abastecida. Em seguida, verifica-se no recipiente o volume abastecido. É aceita uma variação de até 100 ml (para mais ou para menos). “Desconfiem de preços muito baixos e das promoções milagrosas”, pontua o diretor do Sindipetróleo.
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Simone Alves
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