Alimentos e combustíveis por trás do repique inflacionário

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Havia esperança de que neste começo de ano os preços dos produtos da feira subissem menos, mas o que estamos vendo é um repique inflacionário forte por causa dos alimentos. Por isso que o IGP-M, divulgado ontem pela FGV, teve alta de 1,41% na segunda prévia de março. Os preços de legumes, frutas e hortaliças estão subindo. O tomate já aumentou 35%. É claro que depois eles podem cair. Mas a expectativa era passar por esse período de entressafra dos produtos in natura com uma inflação mais comportada do que a de 2013. Em janeiro e fevereiro deste ano, estava assim. Em março, no entanto, tivemos uma forte alta. A safra menor da cana também já afeta o preço do etanol e da gasolina. Ou seja, estamos em pleno repique inflacionário. Na semana passada, um relatório de um economista dizia que a tendência era de alta da inflação, que, talvez, pudesse estourar o teto da meta no segundo trimestre do ano. Mas era um analista solitário falando isso. Agora, outros também dizem a mesma coisa. Acham que a inflação, que está em 5,68% no acumulado em 12 meses, começará a subir podendo estourar o teto da meta no fim do segundo trimestre. Vamos ficar de olho nisso. E se passar de 6,5% mais uma vez, seria o 11º mês de inflação acima do teto no mandato de Dilma Rousseff, que vai terminar sem que o IPCA tenha chegado a 4,5%. As projeções do BC são de que, talvez, só no fim de 2015 a inflação encontre o centro da meta. O Globo Online