Alta de 20% no consumo de combustíveis se mantém em fevereiro
Dados da Agência Nacional do Petróleo, divulgados no último dia 4, mostram crescimento de 20,3% no consumo de combustíveis em Mato Grosso na comparação entre fevereiro de 2011 e o mesmo mês de 2012, considerando etanol, gasolina C e óleo diesel.
Neste ano foram consumidos 283,4 milhões de litros ao passo que, no ano passado, o consumo alcançou 235,7 milhões de litros. Os dados se assemelham aos de janeiro de 2012, quando se registrou alta de 19,46% e um consumo de 221,0 milhões de litros.
Na análise do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis de Mato Grosso (Sindipetróleo), a alta se deve principalmente ao desempenho do consumo de óleo diesel, que registrou crescimento de 24,4%, em comparação com fevereiro do ano passado.
Foram 220 milhões de litros consumidos em fevereiro de 2012 contra 176,8 milhões de litros comercializados no segundo mês de 2011. “O aumento nas vendas de óleo diesel, além de refletir o aumento na frota de veículos nas ruas e também à nossa produção agrícola, está relacionado ao reajuste nos preços do óleo diesel nos postos de Goiás. Assim, Mato Grosso passou a recuperar o consumo que havia perdido para aquele Estado, pois os caminhões abasteciam seus tanques na divisa, consumindo o mínimo possível em Mato Grosso, avalia o diretor-executivo do Sindipetróleo, Nelson Soares.
Já a gasolina supera o comércio do etanol, estimado em 17,1 milhões de litros, com queda de 33% no consumo do produto derivado da cana-de-açucar. O resultado se explica, basicamente, pela menor competitividade do etanol hidratado, fazendo com que o consumidor optasse pela gasolina.
“O importante é que, considerando o Ciclo Otto (gasolina + etanol), os volumes cresceram 9,82% e 7,68% nos meses de janeiro e fevereiro de 2012, comparados ao mesmo período de 2011. Isto significa que, mesmo o consumidor tendo mudado a matriz de etanol para gasolina, a economia do Estado continua crescendo”, explica Soares.
Apesar dos dados confirmarem o aquecimento do consumo, não refletem tão positivamente na revenda de combustíveis. É o que explica o diretor-executivo do Sindipetróleo. “O revendedor muitas vezes segura o aumento que sai da usina e das distribuidoras, e isto se deve principalmente à competitividade do mercado. Muitos revendedores preferem abrir mão de parte do lucro para não perder clientes”, pontua Soares. “Além disso, devemos considerar que os postos são responsáveis por pouco mais de 50% das vendas de óleo diesel. O restante vai direto para a produção agrícola”, completa.
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