BNDES terá recursos para motor elétrico

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) negocia com grandes empresas, incluindo multinacionais, o desenvolvimento de um motor elétrico híbrido para ser usado no transporte público urbano, de forma a reduzir a emissão de gases gerados pelo diesel.

A informação foi dada pelo presidente do banco, Luciano Coutinho, durante cerimônia de assinatura de um contrato entre o BNDES e a Prefeitura do Rio para a construção de um corredor expresso de ônibus do tipo BRT (Bus Rapid Transit) na cidade.

Segundo Coutinho, o corredor, batizado de Transcarioca, que terá R$ 1,2 bilhão financiados pelo BNDES, dará escala comercial para que o motor possa ser desenvolvido efinanciado pelo banco. “Temos entendimentos com o setor privado de maneira a desenvolver um equipamento elétrico híbrido, que terá de ser competitivo, pois a adoção será feita pelo concessionário privado”, afirmou Coutinho. “Temos um incentivo que é a escala – a Transcarioca vai demandar muitas composições.”

O corredor de 39 quilômetros de extensão ligará o Aeroporto Internacional Tom Jobim à Barra da Tijuca, na zona oeste da cidade, contando com grandes ônibus articuláveis. Serão 45 estações e a viagem Barra-Penha seria reduzida de 96 minutos para 49 minutos.

As obras começam no mês que vem e a previsão é que sejam concluídas em 2013, num custo total de R$ 1,5 bilhão. O corredor faz parte dos projetos de infraestrutura financiados pelo banco para a Copa de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.

Coutinho disse que o BNDES financiaria o desenvolvimento do motor ecológico junto com o setor privado, e que o banco já conta com linhas que permitem tirar o projeto do papel. Confirmado no comando da instituição pelo governo Dilma Rousseff, Coutinho voltou a afirmar que os desembolsos do banco, recordes em 2010, não vão crescer neste ano.

“O banco já tem recursos para inovação tecnológica em condições extraordinariamente atraentes, e inovação tecnológica é uma das grandes prioridades do banco”, afirmou. “Neste ano de 2011, não é nosso objetivo ampliar os desembolsos do banco, mas melhorar a qualidade daquilo que a gente faz.”.

O Estado de S. Paulo