Brasil vive o “Sonho Americano” na economia, diz Paulo Henrique Amorim em Cuiabá

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Na contramão do senso comum de reclamar do “apagão logístico” e da atual fase da economia brasileira com seu “pibinho”, o jornalista Paulo Henrique Amorim pintou um quadro muito mais otimista do Brasil durante palestra no II Encontro de Revendedores de Combustíveis do Centro Oeste, na noite de quinta-feira (9), do que o comum em eventos organizados por empresários.

Para ele, os atuais problemas são efeitos colaterais do crescimento brasileiro, coisas pequenas diante do principal trunfo nacional, a chamada “nova classe média”, um mercado consumidor crescente e ávido por comprar que precisa ser olhado com mais atenção por qualquer empreendedor e faz a fase atual da economia nacional ser uma versão do “Sonho Americano”.

“O Brasil se tornou uma sociedade capitalista de massa e 53% dos brasileiros são da classe média e possuem uma renda mensal média de R$ 2500. A classe média são os principais consumidores e o Brasil ganhou, recentemente, mais 100 milhões de pessoas nela. Isso dá um México, duas Áfricas do Sul, três Canadás e duas Agertinas e meia”, afirmou o jornalista.Além da Classe Média ter crescido em tamanho, também ganhou poder de compra, segundo Amorim. Nos últimos 15 anos, o poder aquisitivo do trabalhador brasileiro cresceu de 10% para 25% do poder de compra do trabalhador dos Estados Unidos e isso se reflete no aumento da demanda. “O Brasil hoje é o quarto maior mercado de alimentos e bebidas do mundo. É o quarto maior mercado de carros. O terceiro maior de eletrodomésticos e é o maior mercado do mundo de perfumes”, discursou. “O Brasil hoje vive o 'Sonho Americano’. O sonho de ter casa própria e botar o filho em uma faculdade. A classe média agora tem poder de compra”, fazendo referência ao processo de crescimento dos Estados Unidos pós-segunda Guerra Mundial. Chamando os presentes para refletir a evolução da economia brasileira ele usou um trecho do livro “A Nova Classe Média: O lado brilhante da base da pirâmide”, do economista Marcelo Neri, em que ele chama a classe média de “classe C, de carro, de celular, de cartão de crédito, de computador, de TV a cabo, de casa própria e de capitalismo”.

Olhar Direto 10/05/13