Consumo dos principais combustíveis cresce 8,9% no primeiro semestre

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Sindipetróleo
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As vendas de etanol, gasolina e óleo diesel, principais combustíveis comercializados em Mato Grosso, aumentaram 8,9% no primeiro semestre de 2021 em relação a igual período de 2020. Foram vendidos 2,4 bilhões de litros de janeiro a junho deste ano. Em 2020, os três produtos somam um consumo de 2,21 bilhões de litros. Os dados são da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). 

No período analisado, foram vendidos 266.881 milhões de litros de gasolina, registrando 13,9% de aumento no consumo. Já no ano passado, de janeiro a junho, foram consumidos 234.285 milhões de litros.  

Em relação ao óleo diesel, o aumento na comercialização alcançou 9,6%, sendo vendidos pouco mais de 1,69 bilhão de litros. Em 2020, foi consumido 1,54 bilhão de litros. 

Para o etanol hidratado, nota-se aumento de 3,8%. No que se refere ao volume, as vendas somaram 44.269 milhões de litros no período analisado. No ano anterior, foram 427.886 milhões de litros. 

Consumo de diesel S-10

Com a crescente demanda mundial por combustíveis menos poluentes e que levaram a novas especificações do óleo diesel no Brasil, o consumo de S-10 disparou frente ao S-500. Desde 2012, veículos pesados são equipados com motores adequados para consumo do óleo diesel S-10. Para esse produto com teor máximo de enxofre de 10 ppm, o consumo subiu 26,6% em Mato Grosso. Com mais partículas de poluentes, o consumo de S-500 (teor máximo de enxofre de 500 ppm) reduziu 5,3%. 

Arrecadação em crescimento  

O ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) dos combustíveis rendeu de janeiro a junho mais de R$ 1,7 bilhão aos cofres de Mato Grosso. O tributo representa em torno de 25% da arrecadação total de ICMS. O imposto estadual sobre o etanol de Mato Grosso é de 12,5%, na gasolina é 25% e sobre o óleo diesel é cobrado 17%.

Em 2020, a arrecadação de ICMS com combustíveis e lubrificantes alcançou R$ 2,75 bilhões, valor que tende a ser ultrapassado neste ano.  “A pandemia paralisou serviços, fechou empresas, mas o transporte não estacionou e a produção agrícola continuou a bater recordes. Isso fez com que o impacto da pandemia fosse menor nos dados de consumo, aumentando a arrecadação num momento de restrições. Com a ampliação da vacinação, a tendência é o consumo aumentar ainda mais. Lembrando que o consumidor também pagou mais impostos federais”, explica Nelson Soares, diretor-executivo do Sindipetróleo.

Simone Alves
Ass. de Imprensa