Dilma cobra estabilidade nos preços do etanol

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A presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), pediu ontem ao ministro da Agricultura, Wagner Rossi, que a estabilidade nos preços do etanol seja mantida durante o ano todo. "Uma das preocupações que a presidente Dilma me colocou na primeira conversa, quando ela me convidou para continuar, foi conseguir que o setor sucroalcooleiro tenha condições de manter preços estáveis durante o ano todo", disse o ministro, ao participar de um evento do setor sucroenergético na cidade paulista de Sertãozinho.

Rossi lembrou que, quando o preço do etanol atinge 70% do da gasolina, o consumidor que tem veículos flex fuel migra para o combustível de petróleo, o que afeta a cadeia do álcool. "Isso afeta também a adição do anidro à gasolina, cuja demanda cresce com o aumento do consumo", disse. "Vamos discutir isso com o setor produtivo, buscar equilíbrio e uma estabilidade de preços que garanta remuneração ao produtor e à indústria e que o consumidor não seja penalizado", completou.

Ele avaliou ainda que a falta de oferta na entressafra de cana-de-açúcar no Centro-Sul, entre dezembro e março de 2011, deve ser suprida pelo estoque das destilarias, que este ano obtiveram financiamento do governo. "Apoiamos fortemente a formulação de estoques estratégicos e a desova dos estoques vai garantir a demanda; se houver variações (de preços) serão pequenas, naturais, e não afetarão o bolso do consumidor.

O presidente da União da Agroindústria Canavieira (Unica), Marcos Jank, tem a mesma opinião. Segundo ele, em entrevista ao POPULAR em meados de outubro, a estocagem do etanol pelas distribuidoras de combustíveis é a única forma de acabar, de vez, com as oscilações dos preços no período de entressafra, o que tem deixado os consumidores assustados. Em Goiânia, o preço do litro do etanol é vendido a R$ 1,69 na maioria dos postos.

No início de outubro, ele era comercializado a R$ 1,39, mas subiu para R$ 1,69 em 18 de outubro, o que representou aumento de 22%.  (A Gazeta)