Em breve, país será o 3º maior mercado de automóveis, diz Pimentel
Duas semanas depois de anunciar as regras do novo regime automotivo brasileiro, que visa permitir a oferta de carros mais eficientes, com menos emissão de carbono e a preços mais baixos, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, afirmou nesta quinta-feira (18) que o Brasil, em breve, será o terceiro maior mercado de automóveis do mundo. Hoje, segundo disse, o país ocupa a quarta posição, atrás de Estados Unidos, da China e do Japão.
"Temos uma indústria automobilística bastante antiga, sólida e eficiente, mas que precisa ser atualizada, modernizada, para os novos padrões de eficiência. O novo regime foi implementado para atualizar nossa indústria automotiva. Somos o 4º maior mercado do mundo. Estamos crescendo, em breve seremos o 3º. Um mercado desse tamanho tem que ter uma indústria a essa altura", afirmou Pimentel, durante entrevista para o programa "Bom Dia Ministro", da TV estatal NBR.
O ministro destacou a importância da indústria automobilística, que, conforme afirmou, movimenta 25% do PIB brasileiro "Um veículo é um conjunto de partes que envolve fornecedores, oficinas, revendas, seguros... a cadeia do automóvel é muito importante. No mundo inteiro, o automóvel é um dos maiores alavancadores das economias. Queremos que indústria automobilística seja campeã em eficiência."
Sobre o novo regime, o Inovar Auto, Pimentel reafirmou que a proposta é exigir das empresas maior eficiência, carros mais modernos e assegurar que haja mais conteúdo local e regional na produção.
De acordo com o ministro, nove indústrias fizeram a inscrição no regime. As empresas que se habilitarem ao programa ficarão isentas do aumento de 30 pontos percentuais no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) anunciado em 2011. Para isso, deverão atender a uma série de requisitos. Podem participar montadoras instaladas no país, as que têm projeto de se instalar e as que apenas comercializam carros (importadoras). Quanto às críticas de parte do setor, de que o novo regime não proporcionaria a redução nos preços dos carros ao consumidor, Pimentel discordou.
"Esse é um argumento um pouco simplório porque evidentemente não é assim que funciona. Você tem dois grandes motivos para que as inovações barateiem o custo, ainda que no primeiro momento cause aumento dos custos de produção para as empresas. Não procede a ideia de que inovação encarece o produto. Ela massifica e barateia, como ocorreu com o celular. Vai aumentar a concorrência porque estamos atraindo novas empresas que não tinham plantas no país e as que já estavam aqui e estão expandindo suas linhas de produção. Vai aumentar oferta de veículos. Tem queda de preços, essa é lei natural. Essa coisa de que vai encarecer não procede".
Sobre o IPI Questionado a respeito de uma possível nova prorrogação da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros e para a linha branca, Pimentel disse que não há nenhuma definição.
"Há uma expectativa tanto do consumidor quanto dos industriais. Nós não temos isso definido.
Antes do final do ano devemos anunciar. Há uma expectativa grande. A indústria brasileira cresceu substancialmente em 14 estados, 9 setores, crescemos 1,5% na média. Pode ser que já não sejam necessárias medidas tão profundas como fizemos no início do ano. Esperamos ainda os estudos do Ministério da Fazenda.
MEI De acordo com o ministro, o portal do microempreendedor individual (MEI) está sendo remodelado e as novidades serão anunciadas até o final do ano. "Não vou adiantar ainda porque está em curso o modelo de renovação. O que se quer é agilizar e ampliar os serviços oferecidos e prestados. Até o final do ano estará concluído."
Agência Brasil