Em MT, qualidade dos combustíveis melhora e consumo cresce o dobro da média Brasil
Dados divulgados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) consolidam recorde de consumo em Mato Grosso e apontam uma sensível melhora da qualidade dos combustíveis consumidos no estado. Os volumes acumulados de janeiro a novembro de 2012 referentes às vendas mato-grossenses de etanol hidratado, gasolina C e óleo diesel demonstram crescimento, em relação ao mesmo período de 2011, de 5,6% para o etanol, 24,9% para a gasolina c e de 16,8% para o óleo diesel, totalizando 330 milhões, 540 milhões e 2,3 bilhões de litros respectivamente.
Comparando com a média brasileira com o mesmo período temos para o etanol uma queda de 10,8%, enquanto a gasolina C cresce 12,5%. Já o consumo brasileiro de óleo diesel aumentou 7,1%, o que faz com que Mato Grosso se posicione com um excelente resultado, crescendo, no mínimo, duas vezes mais que a média nacional em todos os produtos.
Quanto ao ciclo Otto (etanol + gasolina), o crescimento, em 2012 em comparação a 2011, foi de aproximadamente 15%. Entre janeiro e novembro de 2012, somando gasolina e etanol, foram consumidos 870,855 milhões de litros, enquanto que o total do ano anterior foi de 827,052 milhões de litros.
Qualidade
Melhorias nas vendas e também na qualidade dos combustíveis. É o que apontam os resultados obtidos no Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis (PMQC), mantido pela ANP. Observando setembro, outubro e novembro, o número de amostras não conformes com as especificações reduziu. De 195 amostras de gasolina coletadas em Mato Grosso no mês de setembro, 2,6% apresentaram-se não conformes. Em outubro, quando também foram colhidas 195 amostras, apenas 2,1% encontraram-se não conformes. Em novembro, quando 180 amostras foram coletadas, somente 1,1% continha alguma característica fora da especificação.
A melhora da qualidade pode ser vista no óleo diesel. Em setembro, de 195 amostras coletadas do produto, 10,8% foram encontradas com alguma não conformidade. Em outubro foram 5,6% e em novembro, quando foram obtidas 180 amostras, 5% apresentaram-se como não conformes.
Resultado positivo também no etanol. De 96 amostras obtidas em setembro, 6,3% estavam não conformes. Em outubro, de 97 amostras, 7,2% foram analisadas como não conformes. Já em novembro, apenas 3,3% de 90 coletas apresentaram-se não conformes.
O diretor-executivo do Sindipetróleo (sindicato que representa os revendedores de combustíveis de Mato Grosso), Nelson Soares, explica que, além da crescente conscientização dos revendedores em oferecer cada vez mais produtos com qualidade, a fiscalização periódica e que visa alcançar a maior quantidade possível de postos é importante motivador de números aceitáveis de qualidade dos combustíveis.
Soares observa também que há grande diferença entre adulteração e não conformidade. “A legislação penaliza a alteração e não a sua intensidade, por exemplo, se o limite de etanol hidratado na gasolina é de 19% a 21%, tanto faz que o produto apresente resultado de 21,1% ou 40% que será tratado como não conforme, apesar de no segundo caso estar confirmada uma adulteração”.
Ele esclarece ainda que muitas desconformidades não podem ser detectadas nos postos, como, por exemplo, o percentual de biodiesel no diesel diferente dos 5% estabelecidos na legislação, as divergências quanto ao pH ou no ponto de fulgor do combustível, ou até mesmo a presença de “ciscos” nos produtos não podem ser percebidos a olho nu ou através dos testes de qualidade que os postos são obrigados a realizar.
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