Etanol sobe em 14 Estados, mas preço médio recua 0,27% no País, diz ANP

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Os preços do etanol hidratado subiram nos postos de 14 Estados brasileiros na semana passada, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo AE-Taxas. Em outros 11 Estados e no Distrito Federal houve queda. No Amapá não foi feita avaliação.

Na média dos postos brasileiros pesquisados pela ANP, houve recuo de 0,27% no preço do etanol na semana passada, para R$ 2,975. Em São Paulo, principal Estado produtor e consumidor, a cotação média do hidratado baixou 0,32% sobre a semana anterior, de R$ 2,810 para R$ 2,801 o litro. No período de um mês os preços do combustível avançaram 4,32% nos postos paulistas.

Além de São Paulo, na comparação mensal os preços do etanol subiram em 16 Estados e no Distrito Federal e recuaram em oito Unidades da Federação pesquisadas. No Amapá não houve avaliação. A maior alta mensal, de 10,22%, foi em Roraima. Na média brasileira o preço do etanol pesquisado pela ANP acumulou alta de 3,84% na comparação mensal.

O Rio Grande do Norte registrou a maior baixa no preço do biocombustível na semana passada, de 2,07%. O maior recuo mensal também foi de um Estado nordestino, a Paraíba, com 3,49%.

O preço mínimo registrado na semana passada para o etanol em um posto foi de R$ 2,459 o litro, em São Paulo, e o máximo individual ficou de R$ 4,800 o litro, em Rondônia. São Paulo mantém o menor preço médio estadual, de R$ 2,801 o litro, e o maior preço médio foi em Roraima, de R$ 4,100 o litro. 

Competitividade

Os preços médios do etanol passaram a ser vantajosos sobre os da gasolina em Alagoas, mas perderam a competitividade ante o combustível de petróleo no Distrito Federal na semana passada. A vantagem foi mantida em São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Goiás, Mato Grosso, Paraíba e Rio de Janeiro. 

O levantamento da ANP compilado pelo AE-Taxas considera que o etanol de cana ou de milho, por ter menor poder calorífico, tenha um preço limite de 70% do derivado de petróleo nos postos para ser considerado vantajoso.

No Distrito Federal, a paridade saiu do limite da competitividade com a gasolina, em 70,05%, e subiu para 70,35%. Em Alagoas, a vantagem econômica foi obtida com o recuo na paridade de 70,53% para 69,28% entre as semanas. 

Nos Estados onde o etanol segue competitivo, em Mato Grosso o hidratado é vendido em média por 60,02% do preço da gasolina, em São Paulo por 62,38%, em Minas Gerais a 63,05% e em Goiás em 63,93%. 

No Paraná a paridade está em 67,24%, na Paraíba em 68,84% e no Rio de Janeiro em 69,58%. Na média brasileira, a paridade é de 63,18% entre os preços médios do etanol e da gasolina, também favorável ao biocombustível.

A gasolina é mais vantajosa em Roraima, com a paridade de 89,74% para o preço do etanol. 

O Estadão