Folha do Estado: Preço inibe maior consumo de diesel

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Preço em MT é o 3º mais alto:  O óleo diesel comercializado em Mato Grosso é o terceiro mais caro do país. O litro do combustível fechou o mês de julho custando em média R$ 2,37, conforme a Agência Nacional do Petróleo (ANP). No mês passado, o produto chegou a registrar alta de 3,5% no Estado. No início de julho o valor médio era de R$ 2,29. Em Cuiabá o preço médio do combustível é de R$ 2,37, porém alguns posto da capital já vendem a R$ 2,45, um aumento de 7,4%. Alta Floresta, no Nortão, foi o muncípio que registrou o preço médio mais alto, R$ 2,52. 

Segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis de Mato Grosso (Sindipetróleo), após o reajuste, a tendência é de estabilidade nas próximas semanas nos postos regionais.  De acordo com o levantamento da ANP, o diesel mais caro do país é comercializado nos Estados do Acre e Roraima, onde o valor médio chega a R$ 2,62 e R$ 2,44 respectivamente.

CENÁRIO Durante a segunda quinzena do mês passado, a Petrobras anunciou um reajuste de 6% para óleo diesel nas refinarias. Um dia após o anuncio o valor do litro havia subido 1,3% chegando a R$ 2,31. Até a última semana de julho o aumento repassado as bombas foi de 2,5%, quando o litro saiu de R$ 2,31 para R$ 2,37. Apesar da alta ocorrida durante o mês passado, o diretor executivo do Sindipetróleo, Nelson Soares, acredita que os preços devem seguir estáveis nas próximas semanas.

Segundo o caminhoneiro Manuel Vilas, tem compensado abastecer em estados vizinhos a Mato Grosso, uma vez que a diferença de centavos representa muita na hora de pagar a conta. “Dá última vez que abasteci foi em Goiás e paguei R$ 2,10 pelo litro. Cheguei a economizar uns R$ 20,00. Só abasteço por aqui quando realmente não tem jeito”, afirma Vilas.  Conforme o diretor do Sindipetróleo, isso acontece porque os volumes abastecidos pelos caminhoneiros são relativamente mais altos do que o de um carro de passeio. “Realmente qualquer centavo faz a diferença”, conclui Sores. Um frentista que trabalha há 10 anos em um posto da capital, que não quis se identificar, conta que muitos caminhoneiros reclamam do preço pago pelo combustível  no Estado. “Muitos caminhoneiros abastecem somente o necessário para chegar até Goiás, pois reclamam do preço aqui. Porém, nós da revenda não fazemos o preço. Quem forma preço é a Petrobras e as distribuidoras”,pontua.

Importância- O diesel é o combustível mais comercializado em Mato Grosso, responsável por cerca de 60% do volume de combustível revendido no Estado. De janeiro a maio deste ano o consumo do diesel somou 183,3 milhões de litros, um aumento de 14,2% comparado ao mesmo período de 2011, quando o total foi de 160,5 milhões. Só em maio, a expansão chegou a 14,1% frente a maio do ano passado. Foram consumidos 939,9 milhões de litros no quinto mês deste ano contra 823,5 milhões em 2011.

Comercialização do diesel é normalizado no Estado

Durante o mês passado, o óleo diesel chegou a faltar em algumas revendedoras mato-grossenses causando transtornos no Estado. Todavia, segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis de Mato Grosso (Sindipetróleo), o abastecimento voltou ao normal está semana. De acordo com o diretor executivo do Sindipetróleo, o problema da falta do combustível em Mato Grosso e em outros estados não foi explicada pela Petrobras, porém o abastecimento foi normalizado.

O gerente de um posto de combustível na capital, que não quis se identificar, disse que alguns caminhoneiros afirmaram que atraso se deve a greve da categoria que acontece com força total em alguns estados, entretanto a falta é anterior à paralisação. “Pode até ser que essa greve tenha afetado nos últimos dias, porém ela começou na semana passada e os problemas com o abastecimento vem desde o início do mês”, pontuou.

Para o representante do Sindipetróleo, a irregularidade podem a principio estar ligada a problemas como o aumento do consumo estadual, a logística e a nova lei que regulamenta a jornada de trabalho dos motoristas de caminhão no país. “Vamos aguardar. O abastecimento voltou ao normal, mas caso o problema se repita a Petrobras terá que apresentar uma explicação”, afirmou Soares.

Folha do Estado