Governo de MT aumenta preço de combustíveis e incrementa inflação

A decisão da Sefaz de aumentar o Preço Médio Ponderado ao Consumidor (PMPF) que serve de base para a tributação do ICMS no preço dos produtos causará grande impacto nas finanças pessoais e de empresas.Os reajustes serão de 4%, 11% e 22%, respectivamente, na base de calculo do imposto da gasolina, diesel e álcool. O reflexo do aumento refletir-se-á em toda economia a partir de domingo,16.

As distribuidoras irão repassar os novos preços na próxima compra do combustível. O preço do álcool será o mais afetado, com aumento de R$ 0,10 por litro. O PMPF passará de R$ 1,87 para R$ 2,30.
 

O sofrerá aumento de R$ 0,04 por litro, considerando que a base de tributação irá aumentar de R$ 2,23 para R$ 2,49. No caso da gasolina, o adicional será de R$ 0,31 para o consumidor, reajustando de R$ 2,86 para R$ 2,99 o preço médio do combustível.
 

Explicação da Sefaz não convence
 

 A Secretaria de Fazenda de Mato Grosso (Sefaz-MT) informou que  quem fixa os preços não é a Sefaz, mas o próprio mercado”.
 

Já o proprietário de uma rede de postos, Daniel Locatelli, o preço médio detectado pela Sefazé diferente do que realmente é aplicado no mercado. O problema estaria no método de pesquisa utilizado pela Sefaz para tributar o setor de combustíveis.
 

“A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) realiza uma pesquisa semanal em que é possível verificar quais são os postos pesquisados e os valores constatados. A Sefaz deveria mostrar transparência na pesquisa”, disse Locatell.

ICMS escorchante
 

O ICMS cobrado no preço do etanol hidratado é de 25% em Mato Grosso. Para se ter uma ideia, em São Paulo é de apenas 12%.
 

Inflação
 

O aumento disfarçado no preço dos combustíveis veiculares contribuirá para o aumento da inflação em Mato Grosso. Para um governo que elegeu-se prometendo incentivar a economia, Silval Barbosa faz gol contra. O preço dos combustíveis afeta toda cadeia produtiva. Certamente empresas que avaliam a possibilidade de instalar-se no estado pensarão duas vezes antes de assumir aumento no custo da produção.