Índice de gasolina fora do padrão cresce

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Enquanto o índice de não conformidades no etanol hidratado (para veículos) caiu de 19,5% para 4,3% no trimestre de julho a setembro de 2011 para este ano, o da gasolina saltou de 2,5% para 3,5% no mesmo período. Entre os principais motivos para a baixa qualidade dos combustíveis, que figuram em 4º e 3º lugar respectivamente entre os Estados com maior percentual de não conformidades, estão o aspecto e a cor. Ao contrário do etanol e da gasolina, o óleo diesel segue apresentando alto índice de irregularidades que vão de desencontro com as exigências da Agência Nacional do Petróleo (ANP) com 43, ou 7,8% de amostras não conformes de um total de 548 coletas, causadas por teor de biodiesel fora do padrão e aspecto.  
 
Segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Estado de Mato Grosso (Sindipetróleo-MT), os problemas apontados, principalmente no óleo diesel, não causam problemas ao consumidor final. Em seu boletim mensal da qualidade de combustíveis, a ANP revela que de 548 amostras de gasolina coletadas entre julho e setembro 19 eram consideradas fora do padrão, ou seja, 3,5%. Em 2011 no período 484 amostram haviam sido coletadas e 12 estavam não conformes. Ao se analisar apenas o mês de setembro 195 amostras foram coletadas nos postos de Mato Grosso e apenas 5 estavam fora do padrão. Já o etanol foram 276 amostras com 12 fora de conformidade neste trimestre de 2012. Ao relacionar com 2011 na época haviam sido 241 amostras e 47 irregulares.
 
Somente no mês de setembro 96 amostras de etanol foram coletadas e apenas 6 estavam fora do padrão. “O que percebemos é que ampliou-se o número de amostras coletadas e reduziu-se o percentual de fora do padrão, isso prova que a ANP atendeu ao pedido do setor, pois é com base nestas pesquisas que conseguimos fazer com que as refinarias e distribuidoras melhorem a qualidade de seus produtos. As irregularidades apresentadas não causam transtornos aos veículos, pois diz respeito a cor e aspectos, fatores causados pelas distâncias das distribuidoras aos postos pelo fato do líquido mexer-se muito no caminhão e as ações de temperatura, sendo assim é algo que os postos não conseguem controlar”, diz o diretor-executivo do Sindipetróleo-MT, Nelson Soares Junior.
 
Controle de impurezas ainda é difícil
 
O diretor executivo do Sindipetróleo-MT, Nelson Soares Junior, explica ainda que não há como controlar a entrada de possíveis ciscos nos tanques de estoque nos postos que venham a causar impurezas do combustível. Esse tipo de ocorrência ocorre com mais frequência no óleo diesel. Das 548 amostras coletadas pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) 43 foram consideradas fora dos padrões. Em 2011 no período 484 amostras de diesel foram colhidas pela agência, sendo que 39 estavam irregulares. 
 
Em setembro deste ano foram 195 amostras e 21 não conformes. Segundo a ANP, do total coletado no semestre 13 estavam com o teor de biodiesel fora do padrão e 27 com aspecto irregular.  O diretor do Sindipetróleo-MT frisa que o excesso de biodiesel pode impactar no aspecto do óleo diesel, contudo não causa problemas ao veículo. “Este é outro fator que os postos não consegue detectar, pois já chega a eles assim das refinarias e distribuidoras”. (VP)