Inpasa anuncia início da operação da maior usina de etanol do mundo em Mato Grosso
A Inpasa, maior produtora de etanol de milho do Brasil, anunciou nesta terça-feira (8) o início da operação da expansão da biorrefinaria de Sinop (MT), que dessa forma pode ser considerada a maior unidade produtora do mundo do biocombustível à base de cereais, segundo a empresa.
O complexo ao norte de Mato Grosso é de 2019, operando em duas fases até o ano passado. A Inpasa construiu as outras duas fases desde então em Sinop, que agora entram em funcionamento.
O anúncio foi feito durante a cerimônia de sanção do projeto de lei Combustível do Futuro, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Estamos em um momento ímpar da bioeconomia brasileira. Iniciativas como esta reafirmam nosso país como protagonista no cenário global, apresentando soluções que aliam desenvolvimento econômico e responsabilidade ambiental”, afirmou o presidente da companhia, José Lopes, em nota.
A planta completa em Sinop foi projetada para produzir 2,1 bilhões de litros de etanol por ano, processando cerca de 4,6 milhões de toneladas de milho na segunda safra.
O volume representa cerca de 10% da produção de milho de Mato Grosso, o maior produtor brasileiro do cereal.
A unidade de Sinop também pode produzir 1 milhão de toneladas de farelo DDGs, 105 mil toneladas de óleo, coprodutos do etanol de milho, além de e 804,1 GWh de bioeletricidade.
Ao todo, foram feitos investimentos de 4,1 bilhões de reais em Sinop, segundo a empresa.
Os planos da Inpasa
Em setembro, a companhia anunciou que investirá 1,2 bilhão de reais em uma usina de etanol com capacidade de processamento anual de 1 milhão de toneladas de grãos na Bahia.
A Inpasa iniciou suas operações no Paraguai, em 2008, e expandiu para novas unidades.
Atualmente, são duas plantas no Paraguai e três em operação no Brasil, em Sinop (MT), Nova Mutum (MT) e Dourados (MS), e outras duas em construção, em Sidrolândia (MS) e Balsas (Maranhão).
A produção de etanol de milho tem sido crescente no país, devendo atingir cerca de 20% da produção total brasileira na safra atual. O restante é concentrado no produto feito a partir da cana-de-açúcar.
(Reuters)
Autor/Veículo: Money Times