Mercado mantém aposta para inflação e vê pressão de preço administrado

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Os analistas de mercado mantiveram suas estimativas para a inflação deste ano e a do próximo, mas continuaram a elevar as apostas para a alta dos preços administrados, aqueles que têm interferência do governo, como gasolina e energia elétrica, por exemplo. Esses analistas também veem um juro maior em 2015, após terem conservado suas projeções por 11 semanas consecutivas. De acordo com o boletim Focus, do Banco Central (BC), a mediana das projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) se manteve em 6,50% em 2014 e em 6% em 2015. Mas a previsão para o aumento dos preços administrados neste ano subiu de 4,75% para 5% e, para 2015, de 6,03% para 6,50%. O Focus mostra que os analistas mantiveram suas expectativas para o aumento do IPCA de abril em 0,80%. Na sexta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga a taxa do mês passado. O relatório divulgado pelo BC trouxe ainda que a estimativa do IPCA em 12 meses caiu de 6% para 5,93%. Quanto à Selic, o mercado projeta que a taxa chegará ao fim de 2014 em 11,25% e estará em 12,25% no encerramento de 2015. Entre os analistas Top 5, os que mais acertam as previsões, houve uma deterioração das expectativas para a inflação junto com uma elevação nas estimativas para o juro básico da economia neste ano. A mediana de médio prazo para o avanço do IPCA em 2014 saiu de 6,59% para 6,67% junto com uma Selic que foi de 11,88% para 12,13%. No caso de 2015, a mediana para a alta do IPCA foi de 6% para 6,50%, mas a da taxa Selic recuou de 13% para 12,88%. Quanto ao desempenho econômico, após nove semanas consecutivas em 2%, a estimativa dos analistas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2015 caiu para 1,91%. Para este ano, a projeção voltou a 1,63%, depois de ter subido a 1,65% uma semana antes. No caso da produção industrial, a estimativa de 2014 é que foi revisada para baixo, de crescimento de 1,40% para 1,21%; para 2015, a perspectiva seguiu em alta de 2,65%.

Valor Econômico