MT tem a 7ª gasolina mais cara do país; preço deve subir

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Com R$ 2,99 o litro, Mato Grosso tem o 7º preço médio da gasolina mais cara do país, de acordo com o levantamento realizado pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), entre os dias 27 de outubro e 2 de novembro de 2013. Se por um lado os mato-grossenses pagam cada vez mais caro pelo combustível, o Estado tem o terceiro menor preço médio do etanol. O valor médio na bomba é de R$ 1,96.

Em Alta Floresta (803 km ao Norte de Cuiabá), os motoristas chegam a pagar R$ 3,27 pelo litro da gasolina e em Rondonópolis (212 km ao Sul), o litro do etanol é de R$ 1,93, em média, o mais baixo do Estado. O diretor-executivo do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Sindipetróleo), Nelson Soares Júnior, disse ao MidiaNews que a realidade já foi pior no passado, quando Mato Grosso tinha terceira gasolina mais cara do país.

“Um dos componentes que encarecem o preço em relação às regiões Sul e Sudeste é o frete. A distância das refinarias influencia muito no preço. No Acre e em Rondônia, os valores do litro do combustível são ainda maiores”, disse. Por outro lado, o consumidor com carro flex tem o benefício de pagar um dos litros mais baratos do etanol.

Mato Grosso tem muitas usinas, o que acaba impactando no preço do produto no varejo.

Mudança de perfil

A aquisição de mais carros flex pelos mato-grossenses tem ajudado na mudança da preferência pelo tipo de combustível. Apesar do rendimento da gasolina ser maior, a diferença de até 70% em relação ao preço do álcool é o fator fundamental na hora de parar para abastecer.

“É um mercado de uso contínuo e muito sensível ao preço. A procura pelo álcool tem sido maior, mas a gasolina ainda é muito consumida porque temos uma frota grande de carros mais antigos e carros importados, que em sua maioria, não são flex”, disse Nelson Soares.

Para se ter uma ideia, o consumo do etanol cresceu 42% no período de janeiro a agosto e 2013, e o consumo da gasolina freou e caiu em 3,1%.

Aumento no preço

Para o próximo dia 22, é aguardado um aumento no preço do produto. A nova política de reajuste os preços para a Petrobras está prevista para esta data.  A ideia é ter um preço de referência, apurado a partir da média ponderada da cotação do barril num determinado número de meses passados e, também, com projeções para meses futuros.

A Petrobras vai implantar uma metodologia de cálculo dos preços. “Ainda não sabemos como será esse gatilho, essa fórmula para o cálculo para não impactar no caixa da Petrobras. O Governo quer considerar as variáveis do câmbio na compra dos barris de petróleo. O valor vai alterar o preço na refinaria, ainda não sabemos como isso vai chegar às distribuidoras e no preço do varejo”, explicou o diretor do Sindipetróleo.

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