Não há data para reajuste de combustíveis, diz diretor da Petrobrás

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O diretor Financeiro da Petrobrás, Almir Guilherme Barbassa, afirmou hoje que não há data para um reajuste de combustíveis. No entanto, afirmou que a companhia tem uma expectativa de reajustes, por conta da defasagem. Barbassa disse que "no médio prazo haverá equilíbrio" entre o preço internacional e o que vigora no País. O cálculo também depende do comportamento do câmbio e do preço do petróleo no mercado internacional.

As declarações dadas por Barbassa em coletiva para jornalistas se assemelham ao discurso da presidente da estatal Maria das Graças Foster, que participou nesta manhã de palestra para estudantes de engenharia da UFRJ.

Ela confirmou a existência de uma defasagem entre os preços internacionais e os valores praticados no Brasil, destacou a previsão de que haverá um novo reajuste em algum momento, mas não deu previsão de prazos.

Plano de negócios prevê reajuste de 15%

Barbassa confirmou que o plano de negócios da Petrobrás, divulgado em junho, tem como premissa um reajuste de 15% no diesel e na gasolina, confirmando informação divulgada pela Agência Estado naquele mês. Apenas parte do reajuste foi concedido. "Sempre que há defasagem pode se formar uma expectativa de reajuste de preços", disse.

Barbassa também confirmou que a incorporação de novos projetos vai passar pela disponibilidade de recursos e de disciplina de capital rigorosa. O plano de negócios da Petrobras separa parte dos investimentos "em análise". A Agência Estado informou anteriormente que a Petrobras poderia cortar projetos caso falte caixa, incluindo pela falta de reajustes nos combustíveis.

A gasolina A foi reajustada nas refinarias em 7,83% em 25 de junho. O diesel recebeu dois reajustes, um de 3,94%, em 25 de junho, e outro de 6%, em 16 de julho. A Itaú BBA calculou a soma em 10,5% para o diesel e 8% para a gasolina. O BES Investiment Bank, em 10,2% para o diesel e 7,8% para a gasolina.

O diretor de Abastecimento, José Carlos Cosenza, afirmou que a Petrobrás tem até março para avaliar investimento em duto de etanol da Logum. Segundo ele, o investimento dependerá de caixa dentro das premissas previstas no plano de negócios. A Petrobrás conversou com seus sócios na Logum Logística sobre o aporte no duto de etanol correspondente à sua fatia de 20% no projeto. O projeto total é estimado em R$ 7 bilhões, mas não foi divulgada a parte que caberia à Petrobrás no ano que vem. 

Agência Estado