Nota de Esclarecimento - Preço do diesel reflete aumento do biodiesel
A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) e o Sindipetróleo-MT informam sobre a preocupação com o aumento de preço do óleo diesel S500 e S10, que vai refletir a elevação de custo do biodiesel (B100).
A partir de hoje (01/09) até 31/10 será reduzido o teor da mistura do biodiesel ao diesel de 12% para 10%, conforme determinação da Agência Nacional do Petróleo (ANP), em função da baixa oferta do biocombustível no mercado nacional. Mesmo com a redução do percentual da mistura, o alto custo do biodiesel vai impactar o aumento de preço do óleo diesel para os postos.
Neste dia 31 de agosto, parte da distribuição já começou a repassar aos postos de combustíveis o aumento do diesel em decorrência da alta do B100.
No 75º leilão realizado pela ANP, o preço médio do biodiesel foi negociado a R$ 5,043 por m3, alta de 43,6% em comparação ao preço médio Brasil negociado no 73º leilão regular (R$ 3,512 por m3). Destacamos que, no leilão complementar, específico para atender à demanda no mês de agosto (aproximadamente 6% de volume adicional), o preço médio já havia atingido valor exorbitante de R$ 4,578 por m3.
Por sua vez, enquanto o litro de óleo diesel sai da refinaria por R$ 2,30, em média, incluído o PIS/COFINS, o custo do B100 sai da usina por R$ 5,04. Ou seja, mais que o dobro do custo do produto mineral.
A Fecombustíveis eo Sindipetróleo lembram que o mercado é livre e competitivo em todos os segmentos, cabendo a cada elo do downstream (distribuidora e posto revendedor) repassar ou não os maiores custos ao consumidor. Entretanto, as entidades entendem ser de fundamental importância esclarecer a realidade dos fatos à sociedade, para que o revendedor varejista, agente mais visível da cadeia, não seja responsabilizado exclusivamente por elevações de preços ocorridas em etapas anteriores.
A Fecombustíveis representa os interesses de cerca de 41 mil postos de serviços que atuam em todo o território nacional, o segmento de TRRs e mais de 60 mil revendedores de GLP, além do mercado de lubrificantes. O Sindipetróleo representa cerca de 1.000 postos em Mato Grosso.