O Brasil não saiu do B11, mas já terá biodiesel melhor até para o B20, sem prazo de vigência
Os produtores de biodiesel estão procurando se antecipar e colocar no mercado um produto com mais elevado grau de qualidade, evitando, assim, qualquer crítica que venha a ser feita – especialmente pelas montadoras – quando da implementação do B20.
O setor já considera que o biodiesel brasileiro já possui especificações técnicas mais rigorosas do que o consumido na Europa e Estados Unidos.
A mistura de 20% no diesel ainda não tem prazo definido pela Agência Nacional de Petroléo, Gás e Biocombustível (ANP) – atualmente está aprovada o B11 e o B15 deve entrar em vigor até 2023 –
O presidente da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), Juan Diego Ferrés, garantiu que o caminho está alicerçado para novos avanços. “As indústrias estão investindo em ampliações que vão aumentar a capacidade de oferta de biodiesel para o mercado nacional, além da melhoria nas especificação do biodiesel que aumentou a durabilidade do produto, garantido maior qualidade ao consumidor”, diz.
Com o consumo de 5,5 bilhões de litros anuais de biodiesel, o Brasil é vice-líder ao lado da Indonésia, mas o arquipélago asiático, com muito menos volume e variedade de matéria-prima para ser transformadas em biodiesel, está prestes a ser o campeão de mitigação do efeito estufa com base nesse combustível.
O B20 lá começa em 2020.