Obras de mobilidade já provocam prejuízos no comércio
O fechamento total das pistas da Avenida Miguel Sutil, nos trechos contemplados com as obras da Copa foi recebido com indignação pelos proprietários das distribuidoras de combustível. Os empresários alegam falta de compromisso e de informação por parte da Secopa, responsável pelas obras.
Eles sustentam o entendimento inicial de que a construção das trincheiras seria feita em duas etapas: primeiro em uma lateral e depois na outra, o que levaria a interdição de apenas uma pista por vez. Alguns casos que exigiriam o fechamento integral das vias chegaram a ser anunciados, porém para esses, a Secopa se comprometeu em construir vias alternativas de acesso, bem sinalizadas, antes da interdição do tráfego nas vias principais.
Prejuízos
A falta de acesso aos estabelecimentos está provocando prejuízos no setor e sinaliza para possível desemprego. O Posto Solaris, localizado na avenida Miguel Sutil na altura do bairro Jardim Leblon, é um dos exemplos em que se constata drástica redução nas vendas.
O proprietário, Gilberto Gomes Júnior, diz que já contabiliza queda de 70% no movimento e para minimizar prejuízos e manter os 15 funcionários, reduziu a jornada de trabalho oferecendo férias para parte dos empregados.
“Fui avisado do fechamento integral da avenida cinco dias antes das máquinas chegarem ao local”, desabafa. “Não foi isso o que a Secopa nos informou nas reuniões: cadê as vias alternativas?”pergunta Gilberto.
Ele diz que a situação pode ficar ainda pior, pois conforme informações extra-oficiais dos que trabalham nas obras existe a possibilidade do período de interdição (90 dias) ser estendido, o que não é incomum em se tratando de obras.
Propaganda demais e tráfego de menos
Outra agravante é a ausência quase total de veículos na avenida Miguel Sutil. Empresários também reclamam que o governo fez propaganda demais sobre as interdições e os motoristas abandonaram quase por completo a avenida, mesmo nos trechos onde não há obras.
O Sindicato dos Revendedores de Combustíveis de Mato Grosso (Sindipetróleo) não tem ainda estimativa das perdas, mas diz que a instituição e os proprietários dos postos trabalham para minimizar os impactos. Uma das alternativas em tratativas com a Secopa prevê a redução das áreas de recuo.
Turma do Epa!