Petrobrás decidirá novas usinas de etanol até junho

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A Petrobrás Biocombustível decidirá, até o fim do primeiro semestre, o volume de investimentos que será destinado à construção de novas usinas para ampliar a oferta de etanol.

O plano de negócios da Petrobrás prevê a oferta de 5,6 bilhões de litros de etanol até 2015. Miguel Rossetto, presidente da Petrobrás Biocombustível, disse à Agência Estado que a empresa produz hoje cerca de 1,3 bilhão de litros de etanol por meio de suas participações nas empresas Guarani, Nova Fronteira e Total. "Apenas com essas usinas vamos atingir 2 bilhões de litros em 2015", prevê.

Para atingir a meta, a produção da Petrobrás Biocombustível terá de quadruplicar em três anos. Rossetto afirmou que a decisão sobre novos investimentos precisa ser tomada preferencialmente até o fim deste semestre, para que haja tempo hábil de essas novas usinas entrarem em operação antes de 2015.

No plano 2011/2015 da Petrobrás Biocombustível, o orçamento para novos investimentos é de US$ 1,9 bilhão. O executivo diz que esses investimentos podem ser realizados pela Guarani, em São Paulo, na joint venture com a São Martinho, a Nova Fronteira, no Centro-Oeste, ou pela Total, em Minas Gerais.

Um dos novos projetos em estudo é o da Usina Bom Jesus, localizada perto da Usina Boa Vista, da Nova Fronteira, em Quirinópolis (GO). O projeto prevê uma usina gêmea à Boa Vista que, quando estiver em plena capacidade, será a maior usina de cana-de-açúcar do mundo, segundo Rossetto. O processamento de cana da Boa Vista deve chegar a 8 milhões de toneladas de cana em 2015, com produção de 700 milhões de litros de etanol. Juntas, Boa Vista e Bom Jesus irão processar 16 milhões de toneladas de cana.

Novas aquisições também não estão descartadas, mas Rossetto disse que a Petrobrás Biocombustível não fará maluquices. "As aquisições serão estudadas obedecendo à realidade do mercado. Atualmente, os preços do açúcar e do etanol seguem com incertezas. Não existe garantia que eles irão se manter no patamar em que se encontram", afirmou.

O Estado de S. Paulo