Petróleo fecha em alta após sessão volátil com notícias sobre Irã e EUA

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O Estado de S.Paulo
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Os contratos futuros de petróleo fecharam com sinal positivo nesta sexta-feira, 26. O noticiário para o setor continuou no radar, com investidores também atentos às perspectivas para a economia global e a política monetária, sobretudo nos Estados Unidos.

O petróleo WTI para outubro terminou com ganho de 0,58% (US$ 0,52), em US$ 93,06 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para novembro avançou 0,56% (US$ 0,55), a US$ 99,01 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Na semana, o WTI registrou ganho de 2,90% e o Brent, de 2,37%.

A commodity operava com ganhos logo no início do dia, ainda em meio a especulações sobre a possibilidade de a Opep e aliados cortarem a oferta. A Opep+ se reúne em 5 de setembro. Os Emirados Árabes afirmaram que estão alinhados com a visão da Arábia Saudita sobre o mercado, segundo uma fonte citada pela Reuters. Representantes de Iraque, Venezuela e Casaquistão também argumentaram a favor dos cortes, segundo a agência.

O petróleo passou a recuar ainda pela manhã. O mercado monitora a possibilidade de o Irã e potências fecharem um novo acordo nuclear para o país persa, que significaria mais petróleo iraniano à venda. Além disso, o mercado global em geral monitorava o Simpósio de Jackson Hole, do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

O presidente do Fed, Jerome Powell, reforçou o combate à inflação como prioridade, mesmo reconhecendo que isso terá algum peso na atividade. Os temores de fraqueza econômica global à frente têm contribuído para um freio nos preços do petróleo. O CIBC comenta que o crescimento menor tem ajudado a conter a demanda pelo petróleo, mas nota alguma reação recente nos preços, com a possibilidade de a Opep+ conter a oferta.

O TD Securities, por sua vez, vê viés de alta para os preços, no quadro atual, também com a Opep e aliados no radar. O banco de investimentos nota que ainda não há notícias de acordo nuclear do Irã à vista, enquanto a produção de xisto nos EUA desacelera.

Autor/Veículo: O Estado de S.Paulo