Petróleo fecha em alta com investidores à espera de reunião da Opep

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Valor Econômico
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Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta nesta terça-feira (2), com os investidores se posicionando antes da reunião de amanhã da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que deve encerrar os cortes de produção estabelecidos durante a pandemia.

O contrato do petróleo Brent, a referência global da commodity, para outubro fechou a sessão em alta de 0,50%, a US$ 100,54 por barril, enquanto o do WTI americano para setembro subiu 0,56%, a US$ 94,42 por barril.

O índice dólar DXY, que normalmente tem correlação negativa com a commodity, operava em alta de 0,71%, a 106,197 pontos, por volta do horário de fechamento do petróleo.

A Opep vem revertendo gradativamente o acordo de corte de produção de 9 milhões de barris diários de petróleo, estabelecido após a crise de demanda gerada pela pandemia em 2020, e esta reunião deve terminar a retirada dos limites de produção.Embora o acordo não termine oficialmente até o fim do ano, o aumento de produção esperado para agosto colocaria a produção em níveis pré-pandemia.

O fim dos cortes também marcaria, tecnicamente, o fim da aliança entre a Opep e um grupo de aliados liderado pela Rússia, mas analistas esperam que o grupo, conhecido como Opep+, continue existindo.

“A decisão desta semana nos dirá o quão unificado o grupo ainda está, quão comprometido está em reequilibrar o mercado e se o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tem alguma influência no cartel”, afirmou o analista sênior da Oanda, Craig Erlam. “E não podemos esquecer que o grupo ainda é incapaz de cumprir o que já foi acordado. Portanto, a menos que a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos se comprometam a aumentar a produção, qualquer acordo pode ter pouco impacto.”

Os investidores também estarão atentos aos dados semanais de estoques de petróleo do Departamento de Energia dos EUA (DoE), que serão divulgados na quarta (3). Os dados do DoE da semana passada indicaram que a demanda por gasolina alcançou o segundo maior nível no ano, mas segue 7% abaixo do registrado há um ano.

Autor/Veículo: Valor Econômico