Petróleo fecha em alta, com queda na produção dos EUA

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O Estado de São Paulo
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O petróleo fechou em alta nesta terça-feira (31), ganhando fôlego após dados indicarem queda na produção nos Estados Unidos em novembro do ano passado. Investidores operaram em compasso de espera pela decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed) e reunião da Opep+, ambos amanhã.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para março fechou em alta de 1,24% (US$ 0,97), a US$ 78,87 o barril, enquanto o Brent para abril, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), avançou 1,14% (US$ 1,90), a US$ 84,50 o barril. Na variação mensal, o WTI registrou perdas em torno de 2% e o Brent baixa marginal em torno de 0,1%.

Após terem operado em baixa no início do dia, as cotações do petróleo passaram a subir no final da manhã, após relatório do Departamento de Energia (DoE) dos EUA anunciar que a produção da commodity no país na comparação mensal de novembro.

Analista da Oanda, Edward Moya aponta que o guidance da Exxon também suportou a alta do preço devido à projeção de que a oferta deve ficar apertada a medida que produtores recuam. Nesta semana, o mercado também deve manter no radar a decisão monetária do Fed e reunião da Opep+, ambos os eventos previstos para acontecer amanhã, 1º. “A produção de petróleo dos EUA parece que não aumentará muito mais, então o quadro de oferta do mercado de petróleo dependerá do que a Opep fizer. Nesta semana, a expectativa é de que a Opep mantenha a produção estável enquanto avalia a força da recuperação econômica da China”, analisa Moya. Até mesmo dados do índice de gerentes de compras (PMI, em inglês) da China, que subiram em janeiro, foram incapazes de influenciar positivamente o petróleo, na visão do Commerzbank. “Isso acontece pelo sentimento negativo em geral do mercado frente a diversas reuniões de bancos centrais e exportações russas persistentemente altas”, afirma o banco.

o Commerzbank observou que as exportações da Rússia cresceram em janeiro e parecem estar lidando “magnificamente bem” com as sanções ocidentais, substituindo por outros parceiros comerciais que não assinaram teto de preços ou embargos, como a Índia.

Em relatório divulgado hoje, a Rystad Energy projetou que o mercado global de petróleo e gás deve crescer até US$ 1 trilhão em 2025, apesar de riscos de queda após esse período. A Rystad indica que produtores destes serviços criem um balanço, devido as quedas, e ampliem oferta em outras áreas do setor de energia, procurando “oportunidades óbvias” como energia geotérmica, hidrogênio, eólica e captação de carbono.

Autor/Veículo: O Estado de São Paulo