Petróleo fecha em alta, impulsionado por dólar fraco e observando Opep+
Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta sexta-feira, 9, em sessão na qual o preço da commodity foi impulsionado pela desvalorização do dólar. Os desdobramentos da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep+) seguem sendo observados, além das tendências para a demanda, incluindo a cautela por conta dos potenciais impactos da variante delta do coronavírus para a retomada global.
O petróleo WTI para agosto fechou em alta de 2,22% (US$ 1,62), em US$ 74,56 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex). Na semana, houve queda de 0,80%. Já o Brent para setembro subiu 1,93% (US$ 1,43), a US$ 75,55 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Em comparação com a última sexta-feira,o barril caiu 0,81%.
Os preços do petróleo “estão acompanhando de perto o movimento do dólar, uma vez que os traders de energia não conseguem controlar o que a oferta de petróleo pode esperar em agosto”, avalia Edward Moya, analista da Oanda. “A incerteza do lado da oferta de curto prazo sugere que podemos ver um déficit nas próximas semanas, mas que isso pode ameaçar a estabilidade que resultou dos esforços coordenados feitos pela Opep+”, projeta o especialista.
Na visão da Capital Economics, o mercado de petróleo provavelmente terá dificuldade em encontrar um rumo nas próximas semanas, até que haja alguma solução para o impasse criado pelo fracasso em se chegar a um acordo unânime na última reunião mensal da Opep+. “Resta o risco muito real de um colapso desordenado do acordo de restrição à produção, que deve atuar como um freio aos preços”, projeta a consultoria.
Apontando a recuperação da demanda, e a disciplina do acordo de produção com da Opep, o Commerzbank revisou para cima o preço do petróleo para os próximos meses. O banco espera que o Brent tenha uma média de US$ 75 por barril no segundo semestre de 2021, “em parte porque não prevemos um sério rompimento dentro da Opep+, nem retorno rápido das exportações de petróleo iraniano”, afirma a instituição. No entanto, “no mais tardar no próximo ano, os membros da aliança provavelmente colocarão o fornecimento que vinham retendo no mercado novamente, e o crescimento da demanda provavelmente diminuirá. Consequentemente, o Brent deve cair para aproximadamente US$ 70 por barril no primeiro semestre de 2022”, projeta.
Hoje, foi divulgado ainda que o número de poços e plataformas de petróleo em atividade nos EUA subiu dois na semana, a 378, segundo a Baker Hughes, empresa que presta serviços ao setor.