Petróleo fecha em baixa, pressionado por dólar fortalecido
Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa nesta quarta-feira (09), em uma sessão na qual os preços são pressionados pelo avanço do dólar, moeda na qual a commodity é cotada. Além disso, a divulgação de estoques nos Estados Unidos na última semana bem acima do esperado contribui para a queda nas cotações. Neste cenário, há a expectativa de que os preços altos e a desaceleração da economia façam com que a demanda por petróleo nos EUA comece a cair nos próximos meses.
O petróleo WTI para dezembro fechou em queda de 3,46% (US$ 3,08), a US$ 85,83 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), enquanto o Brent para janeiro de 2023 caiu 2,84% (US$ 2,71), a US$ 92,65 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
Os estoques de petróleo nos Estados Unidos tiveram alta de 3,9 milhões de barris, a 440,8 milhões de barris, na semana encerrada em 04 de novembro, informou hoje o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) do país. Analistas consultados pelo The Wall Street Journal esperavam queda de 200 mil barris. Para a Capital Economics, a demanda deve começar a desacelerar nos próximos meses, com preços altos e uma economia mais fraca.
“Suspeitamos que os preços dos produtos petrolíferos nos EUA permanecerão altos por algum tempo. A oferta doméstica dos EUA está restrita e, embora as exportações de combustível da China devam aumentar, a União Europeia também competirá pela oferta não russa a partir de fevereiro”, avalia. Para o DoE, o crescimento na produção de petróleo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e também fora do grupo manterá o preço do barril de Brent mais baixo em uma base média anual em 2023 do que em 2022. Em relatório, o DoE lembra que, no entanto, espera que o preço do Brent suba na segunda metade de 2023.
A Eurasia acredita que os membros da UE não têm apetite para expandir a proibição parcial do petróleo russo ou impor embargos às exportações de gás e energia nuclear, apesar das demandas persistentes dos países bálticos e da Polônia. A consultoria lembra que os países ainda dependem do gás russo, que eles desejarão utilizar para encher os estoques do inverno 2023-24. Em segundo lugar, estados membros com alta dependência de petróleo russo, como a Hungria, estão sugerindo períodos de transição de até quatro anos. Por último, a UE, tal como os EUA, carece de fornecedores alternativos ao combustível e serviços nucleares russos, avalia
Autor/Veículo: O Estado de São Paulo