Petróleo fecha sessão em alta, mas acumula forte queda na semana

Por
Valor Econômico
em

Os contratos futuros do petróleo fecharam a sessão desta sexta-feira em alta, mas encerraram a semana em queda, em meio aos temores de recessão e de uma subsequente queda da demanda pela commodity.

O contrato do petróleo Brent para setembro - a referência global da commodity - fechou a sessão em alta de 2,07%, mas recuou 5,47% na semana, a US$ 101,16 por barril. Já o contrato do WTI americano para agosto avançou 1,88% hoje, acumulando perdas de 6,87% na semana, a US$ 97,59 por barril.

Os preços do petróleo têm anotado fortes perdas recentemente, conforme as perspectivas de uma recessão econômica global alimentam os temores de uma queda da demanda pela commodity. Os preços do petróleo foram prejudicados também pelos avanços do dólar, que são impulsionados por um fortalecimento da demanda por proteção, gerado pelos receios em torno da economia americana.

“O petróleo caiu abaixo de US$ 100 por barril no início desta semana e continua sob pressão. O prêmio do risco induzido pelo choque geopolítico da guerra [na Ucrânia] desapareceu em grande parte”, diz o economista-chefe do banco suíço Julius Baer, Norbert Rücker, em nota.

Segundo ele, os estoques de petróleo bruto e derivados cresceram acima do esperado nas últimas semanas, indicando que o aperto diminui gradualmente. “A produção doméstica se expande de forma robusta com o petróleo de xisto criando fluxo de caixa, enquanto a demanda está parada, principalmente porque os preços altos na bomba parecem prejudicar o consumo”, disse.

Hoje, porém, os preços do petróleo receberam algum suporte das informações de que os Estados Unidos não estão esperando um aumento imediato na produção de petróleo da Arábia Saudita, depois da visita do presidente Joe Biden ao país. Segundo informação da agência “Reuters”, Washington espera que um aumento na produção do reino saudita ocorra apenas na próxima reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que deve ocorrer no dia 3 de agosto.

A informação - dada por uma autoridade que não quis ser citada - reduziu as expectativas de que a viagem de Biden tenha sucesso imediato no aumento de produção de petróleo saudita, ajudando a impulsionar os preços do petróleo. Para ler esta notícia, clique aqui.

Autor/Veículo: Valor Econômico