Petróleo sobe na véspera de comentários de Bernanke

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Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta segunda-feira, com os investidores em busca de sinais de novos estímulos monetários nos EUA. O presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, vai depor ao Senado na terça-feira e à Câmara na quarta-feira. Essa expectativa acabou minimizando dados americanos negativos sobre as vendas no varejo e comentários do primeiro-ministro Wen Jiabao sobre o crescimento da China.
 
O petróleo para entrega em agosto fechou em alta de US$ 1,33 (1,53%) na bolsa mercantil de Nova York (Nymex), a US$ 88,43 por barril. Na plataforma eletrônica ICE, o Brent para agosto subiu US$ 1,15 (1,12%), para US$ 103,55 por barril. Já o contrato com vencimento mais próximo a partir de amanhã, com entrega para setembro, avançou US$ 1,95 (1,92%), para US$ 103,37 por barril.
 
"Expectativas e esperanças estão se formando no sentido de que haverá alguma intervenção", disse Matt Smith, analista na Summit Energy, que prevê que o mercado vai se desapontar quando Bernanke não anunciar qualquer ação.
 
Os EUA divulgaram nesta segunda-feira que as vendas no varejo caíram pelo terceiro mês consecutivo em junho, no mais recente sinal da desaceleração da economia americana. As vendas no varejo recuaram 0,5% no mês passado, para um valor sazonalmente ajustado de US$ 401,52 bilhões, após declinarem 0,2% em maio. O número contrariou a expectativa de economistas ouvidos pela Dow Jones, que era de uma alta de 0,2%.
 
Além disso, pesou no sentimento a fala do premiê chinês de que a recuperação do crescimento econômico de seu país ainda não se estabilizou. Como é o segundo maior consumidor de petróleo do mundo, só atrás dos EUA, a China tem sido um dos principais motores dos mercados mundiais do produto nos últimos anos. "Notícias de desaceleração na China colocariam mais pressão sobre o petróleo porque é o último local em que está havendo crescimento", afirmou Tariq Zahir, da Tyche Capital Advisors.
 
No início da sessão, o preço da commodity subiu em meio a notícias de que os EUA haviam alvejado um barco na costa dos Emirados Árabes, o que provocou rumores sobre o aumento das tensões entre o Ocidente e o Irã. Porém, reportagens mais tarde informaram que o incidente envolvia pescadores indianos. As informações são da Dow Jones.
Agência Estado