Posto representa 55% do consumo em MT

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Do total de 372 mil metros cúbicos (m3) de gás natural consumidos em média em agosto, 55,8% foram comercializados nos postos de combustíveis de Cuiabá e Várzea Grande, de acordo com estatística da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Natural (Abegás). O setor automotivo voltou a ocupar a 1ª colocação como principal cliente dessa matriz energética no Estado em julho, após o recuo na venda de gás às indústrias, que chegaram a representar 68,7% do mercado consumidor matogrossense em maio, quando foi registrado o maior volume médio de vendas deste ano, de 635,5 mil (m3). 
 
A retração das indústrias pode ser explicada pela insegurança gerada com o corte no fornecimento de GNV ocorrida em abril. A empresa Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) suspendeu o envio devido ao não pagamento por parte do governo do Estado. Só depois das dívidas quitadas, o abastecimento foi normalizado. “Foi o período para esquecer e retomar o trabalho junto às empresas”, recorda Francisco Jammal Almeida, engenheiro responsável da GNC Brasil, empresa que distribui o combustível. 
 
Segundo Almeida, as vantagens já reconhecidas no uso do gás ajudaram a manter muitos clientes. Com o fornecimento do combustível em dia, a expectativa é que o segmento industrial volte a ser o 1º na lista de clientela também porque a oferta de gás deve aumentar. Jammal lembra que o país ainda vive um período de baixa nos reservatórios das hidrelétricas e a União tem priorizado o gás para o funcionamento das termelétricas, o que passa a ser desnecessário com a chegada do período de chuvas. 
 
VEÍCULOS - Na comparação entre os meses de janeiro e agosto de 2013, a expansão no consumo de gás natural veicular cresceu 21,8% no Estado, contrariando o reflexo esperado com a redução no número de postos que oferecem o combustível. Em janeiro de 2012 eram 8 estabelecimentos, que passaram a ser 6 em junho do mesmo ano. A última baixa ocorreu em abril de 2013, quando mais um posto deixou de vender GNV. Apesar das poucas revendas, Wilson Cerqueira, 58, pretende trocar daqui a 6 meses o carro por um modelo que tenha a opção do gás. Taxista há 30 anos, ele diz que só adiou a compra porque o preço do automóvel era alto. Ainda não ficou barato, mas, com as contas organizadas, a despesa vale a pena para ele. “Compensa. Com gás você não gasta nada. O governo precisa incentivar”.A Gazeta/MT 01/10/2013