Postos aguardam redução nos preços das distribuidoras
Após as refinarias acumularem alta de 29,46% no óleo diesel e 27,12% na gasolina em 2019, o cenário agora é de baixa neste início de ano para estes dois produtos. O diesel registra queda de 13,67%. Já na gasolina, a baixa é de 10,59%. O consumidor se pergunta: Por que a redução não alcança os postos de combustíveis? O Sindipetróleo que representa a revenda responde.
O diretor-executivo da entidade, Nelson Soares Junior, explica que o valor praticado pelas refinarias da Petrobras representa, em média, 30% do preço final da gasolina e 50% no caso do diesel. O repasse ao consumidor depende de políticas comerciais de distribuidoras e, somente na sequência, de postos. “Entre sair da usina e chegar ao posto, o preço recebe mais impostos, custos de operação, frete e margem de lucro das distribuidoras. O repasse ao consumidor depende de políticas comerciais de postos e distribuidoras”, destaca.
Ele enfatiza que o mercado aqui, em Mato Grosso, começa a sentir as reduções, mas que ainda é muito pequena. “As distribuidoras não repassam na integralidade a baixa da Petrobras e a revenda adquire delas os produtos. Faz-se importante recapitular que os revendedores não recebem gasolina, diesel e etanol diretamente das refinarias de petróleo e das usinas de etanol. Os combustíveis são adquiridos exclusivamente das distribuidoras, conforme legislação que regula o nosso setor”. A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis é o órgão federal que regulamenta o setor.
As explicações do diretor vão ao encontro dos dados fornecidos pela Agência. Com relação à gasolina, no período entre 5 e 11 de janeiro, o preço médio nas distribuidoras era de R$ 4,11. E algumas semanas depois, no período de 26 de janeiro a 1º de fevereiro, o preço médio nas distribuidoras estabilizou em R$ 4,107. “Onde está a baixa”, questiona.
Já no diesel, no mesmo período, ocorreu redução nas distribuidoras de R$ 0,06. Para aquisição nas distribuidoras, o preço era R$ 3,66 e passou para R$ 3,60. “O repasse para as bombas depende do comportamento das distribuidoras e da própria concorrência.
O Sindipetróleo acredita que havendo baixa nas distribuidoras, o que está previsto para estes próximos dias, os postos também acompanhem. O Sindicato lembra que o mercado é livre e competitivo em todos os segmentos, cabendo a cada distribuidora e posto revendedor determinar se irão ou não repassar os maiores custos ao consumidor e, se o fizerem, em qual percentual.
Simone Alves
Ass. de Imprensa