Preço do petróleo despenca quase 9% nos EUA e fecha abaixo de US$ 100

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Os contratos futuros de petróleo nos Estados Unidos fecharam ontem em queda de quase 9%, abaixo de US$ 100 o barril, com pesadas vendas nos mercados de commodities impulsionadas pela redução do ritmo da economia e por sinais de políticas monetárias mais apertadas. Investidores também aproveitaram para liquidar posições, temendo que as altas do petróleo registradas no mês passado tenham sido exageradas.


Os contratos para junho encerraram com queda de US$ 9,44, ou 8,64%, para US$ 99,80. Foi o menor preço de fechamento desde 16 de março, quando a cotação do barril ficou em US$ 97,98, e a maior desvalorização em termos percentuais desde 20 de abril de 2009.


Analistas destacaram que a divulgação, pela manhã, dos dados semanais das reservas americanas — os estoques aumentaram em 3,4 milhões de barris — também contribuiu para a queda, assim como o arrefecimento das tensões no Oriente Médio e o fortalecimento do dólar.


— Preocupações com o impacto dos altos preços na economia e na demanda por commodities alimentam isso (a queda da cotação). O mercado foca agora definitivamente na mudança de preocupações geopolíticas para o lado da demanda — afirmou David Greely, chefe de pesquisa em energia do Goldman Sachs, em Nova York.


Em Londres, o petróleo do tipo Brent, com contratos também para junho, fechou a US$ 110,80, caindo US$ 10,39, ou 8,57%. Foi a maior queda desde 16 de março. Nos últimos quatro dias, a cotação do barril negociado na Inglaterra perdeu US$ 15,09, o q!ue corresponde a 12% de desvalorização.
O Globo