Preço do petróleo supera US$ 120
O preço do petróleo atingiu ontem o maior patamar desde agosto de 2008, com o barril do Brent para entrega em maio sendo cotado em Londres a US$ 120,82, uma alta de 2,14% — durante o dia chegou a US$ 121,09. Os motivos foram os temores sobre o fornecimento da commodity em consequência do adiamento das eleições presidenciais e parlamentares na Nigéria em uma semana e uma greve dos petroleiros no Gabão, que paralisou a produção de 240 mil barris diários. A violência na Líbia e protestos no Iêmen também afetaram o mercado europeu.
Já nos Estados Unidos, o barril do petróleo leve americano, também para entrega em maio, avançou US$ 0,53, fechando a US$ 108,47 (alta de 0,49%), após chegar a US$ 108,78, maior nível intradiário desde setembro de 2008, quando a crise internacional estourou.
— O Brent subiu por causa dos distúrbios na Líbia e no Iêmen e das eleições na Nigéria — explicou Phil Flynn, analista da PFG Best Research. — O petróleo americano não subiu tanto porque ainda há preocupação de que o Federal Reserve (banco central dos EUA) eleve juros ou endureça a política monetária, reduzindo a liquidez e a demanda, e fortalecendo o dólar.
Em três dias, os preços do petróleo subiram 4%, impulsionados por um relatório que mostrou, na sexta-feira, que o emprego nos EUA teve um sólido crescimento em março, com a taxa de desemprego no menor nível em dois anos, a 8,8%.
Os analistas dizem que o petróleo provavelmente continuará acima dos US$ 100.
O Globo