Protestos atrapalham abastecimento de combustíveis e entregas dos Correios
Os protestos que caminhoneiros fazem em rodovias de vários Estados do País começa a prejudicar o abastecimentos em algumas regiões do País. Para o presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom), Alisio Vaz, o abastecimento de combustíveis é "preocupante" nas cidades de Vitória (ES) e Luís Eduardo Magalhães (BA). Segundo ele, essas cidades são bases regionais de armazenagem e as únicas cujo acesso preocupa. Vaz ponderou, contudo, que a situação de bloqueios hoje "está mais tranquila do que ontem". Mais cedo, Vaz havia dito que o transporte de biocombustíveis (etanol e biodiesel) também é motivo de preocupação. "Esses produtos vêm de longe e encontram paralisações regionais, em grandes centros ou mesmo em Paulínia", comentou, referindo-se à cidade que concentra indústrias do setor petroquímico no interior de São Paulo. As interdições de estradas também podem causar atrasos nas entregas feitas pelos Correios. Por meio de sua assessoria, a empresa informou que, diante das alterações no tráfego em várias rodovias, em razão das manifestações, "poderá haver atraso das linhas de transporte responsáveis pelo encaminhamento da carga e, consequentemente, na entrega dos objetos postais". A empresa acrescentou que, para reduzir os prejuízos, estão sendo adotadas medidas como a transferência do transporte de encomendas expressas para o modal aéreo, quando possível. Nesta terça-feira, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) divulgou boletim com registro de interdições, totais ou parciais, em estradas federais em sete Estados, além de paralisações em São Paulo . Minas Gerais concentrava o maior número de bloqueios: sete em duas rodovias, a BR-381 e a BR-040. Também foram registradas interdições em estradas do Rio Grande do Sul, da Bahia, do Espírito Santo, de Mato Grosso, do Paraná e do Rio de Janeiro. Um novo boletim com o panorama nacional dos protestos em rodovias federais será divulgado esta tarde. Além dos protestos em estradas federais, ocorreram paralisações em outras vias. Em São Paulo, durou quase duas horas e meia o bloqueio na Marginal Pinheiros , no sentido Rodovia Castello Branco, provocado por um protesto de caminhoneiros que começou às 7h. Também pela manhã, após mais de 26 horas de bloqueio, a Tropa de Choque conseguiu retirar manifestantes que interditavam a Rodovia Cônego Domênico Rangoni , na Baixada Santista. O grupo protestava contra a Lei 12.619/12 – que regulamenta a profissão de motorista – e a cobrança de tarifas para caminhões por eixos, mesmo quando passam pela praça de pedágio com os eixos suspensos. Eles também reivindicam redução de 50% na tarifa do pedágio durante a madrugada e a diminuição no preço do óleo diesel por meio de subsídios.
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