Queda na produção de etanol será recompensada por importação de 1,20 bi de litros

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Em nova estimativa de safra, a Unica afirma que a queda na produção de etanol será compensada pela importação do produto, o que já tem ocorrido. Segundo a entidade até o final da safra, esse volume deverá atingir cerca de 1,20 bilhão de litros. Desde o início de abril até o final de setembro, o Brasil importou 567,77 milhões de litros de etanol.

A produção de etanol deverá totalizar 20,39 bilhões de litros, queda de 2,93% em relação ao número projetado na última revisão e de 19,68% sobre os 25,38 bilhões de litros da safra anterior. Do total a ser produzido nesta safra, 7,83 bilhões de litros serão de etanol anidro e 12,56 bilhões de hidratado. Segundo a Unica, 51,81% da cana projetada para a safra 2011/2012 será utilizada para produção de etanol, e 48,19% terão como destino a produção de açúcar.

De acordo com a entidade, esse fator provocará uma queda de 2,44% na produção de açúcar em relação à estimativa anterior, ou seja, a produção de açúcar deverá atingir 30,80 milhões de toneladas. A queda estimada será de 8,06% em relação aos 33,50 milhões de toneladas produzidas na safra 2010/2011.

Acompanhamento do mercado


Para o diretor da Unica, Antonio de Padua Rodrigues, a evolução da produção de etanol está sendo acompanhada de perto por todos os agentes e existe consenso de que, mantida a tendência de vendas, os valores projetados, em especial para o etanol anidro, são suficientes para atender plenamente o mercado doméstico até o início da próxima safra.

A projeção de demanda de etanol anidro combustível no País aponta para um crescimento de 10% no consumo do produto na safra 2011/2012 comparativamente ao último ano, apesar da redução da mistura do anidro na gasolina a partir de outubro. Em contrapartida, a estimativa de consumo para o hidratado carburante apresenta queda superior a 30% em relação à safra passada.

“A produção esperada de etanol neste ano deve ser menor que aquela observada na safra 2007/2008, quando a frota de veículos flex representava menos da metade da frota atual. Apesar disso, não estamos observando oscilações extremas de preço e consumo do produto, mostrando avanços significativos no funcionamento desse mercado”, lembra.

Jornal da Cana