Reajuste na bomba pode chegar menor do que o anunciado pela Petrobras
O diretor-executivo do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis de Mato Grosso (Sindipetróleo), Nelson Soares Junior, disse que a expectativa da revenda de combustíveis em Mato Grosso é de que o impacto do reajuste nos postos de combustíveis seja menor do que o anunciado pela Petrobras, podendo ficar entre 3% e 5%. “O impacto do aumento será repassado também levando em consideração a negociação dos postos com as distribuidoras”, comentou.
Em entrevista à imprensa na tarde desta quarta-feira (30), ele explicou que houve reajuste de 6,6% na gasolina. Contudo, o combustível vendido nos postos é a gasolina C que contém em sua composição 20% de etanol anidro, produto derivado da cana-de-açúcar comumente de menor custo. A mesma lógica convém para o óleo diesel, reajustado nas refinarias em 6,6%, mas que nas bombas possui em sua composição 5% de biodiesel.
A concorrência entre postos também será um fator que poderá amenizar o impacto do aumento. “Se aumentar muito, as vendas, por consequência, podem diminuir muito. Estamos falando em estratégias de mercado”, disse Aldo Locatelli, presidente do Sindipetróleo, que acompanhou a coletiva.
Soares também explicou que o mercado de distribuição e de revenda de combustíveis é livre para definir seus preços conforme seus custos de compra dos produtos junto às distribuidoras.
O aumento deverá levar até três dias para chegar às bombas de gasolina, mas já pode ser sentido em alguns postos a partir desta quarta-feira, informou o diretor-executivo. "Os postos costumam ter estoque de combustível de até três dias e o repasse será sentido a partir da próxima compra junto às distribuidoras, mas há muitos postos que compram combustíveis diariamente", explicou.
Conforme explicações da própria petrolífera, o reajuste levou em consideração a política de alinhamento de preços dos derivados ao praticado no mercado internacional.
Simone Alves Ass. de Imprensa 65 9916-5005