RJ: Instituto subsidia venda de gasolina no Rio para denunciar carga de impostos

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Para marcar o Dia da Liberdade de Impostos, celebrado hoje (20), o Instituto Millenium subsidiou a venda de 2 mil litros de gasolina para 100 motoristas em Botafogo, na zona sul do Rio, com o objetivo explicar ao consumidor quais os impostos pagos na hora de abastecer o automóvel. A iniciativa aconteceu pelo quinto ano consecutivo. Cada motorista comprou até 20 litros de gasolina a R$1,53 o litro. A diretora executiva do instituto, Priscila Pereira Pinto, explicou que 53% do preço da gasolina são relativos a impostos pagos pelas pessoas. Foram distribuídas 100 senhas aos motoristas. “Nós criamos um tapete de amarelinha para as pessoas pularem o joguinho em cima dos impostos que elas pagam sobre o preço real da gasolina. Aí você sente que paga 53% de impostos em cima do preço real. A pergunta é: o governo está investindo esse dinheiro corretamente? A gente tem um serviço de qualidade no Brasil? Hoje é um dia de reflexão sobre isso”, explicou. Segundo Priscila, a ação não é contrária à cobrança de impostos, mas o instituto deseja discutir com o consumidor o que é feito com o dinheiro dos tributos. “A gente paga muito imposto. Tem imposto municipal, estadual e federal. A importância do cliente saber o que ele está pagando é para poder cobrar dos representantes. Pedir um retorno desse dinheiro que pagamos todos os dias”, completou. O taxista Isaac Dassa mostrou-se feliz por pagar menos da metade do preço pela gasolina e criticou os altos tributos cobrados pelo governo. “É muito bom comprar a gasolina por menos da metade do preço. Mais da metade do preço é imposto. É um absurdo", reclamou. O motorista Raul Cláudio relatou que abasteceu o carro na Avenida Brasil, principal via de ligação das zonas oeste e norte ao centro da cidade, e estava surpreso por pagar depois metade do preço. “O sentimento é de felicidade. Eu paguei a R$3,20 hoje na Avenida Brasil e agora estou gastando menos da metade do que gastei lá. Eu estou surpreso. Fiquei sabendo que estava barato [o combustível] porque trabalho aqui na rua e vim aqui para abastecer e completar o tanque”.

Agência Brasil