Shell quer ser maior exportadora de etanol para EUA

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A Shell quer se tornar a maior exportadora de etanol para os EUA e está investindo US$ 7 bilhões nos próximos cinco anos em sua joint-venture no Brasil, a Raízen. O investimento acontece quando as grandes petrolíferas brigam para controlar os campos de cana-de-açúcar do país. A meta é dobrar a produção anual de etanol de 2,2 bilhões de litros para 5 bilhões. Sob a pressão de redução do déficit, políticos americanos preparam mudanças que abrirão o país para importações mais baratas, o que abre caminho para o Brasil.

— As tarifas cairão. É só uma questão de quando. Por isso precisamos crescer a produção de etanol rapidamente — disse o presidente executivo da Raízen, Vasco Dias, ao “Financial Times”. — Nossa prioridade agora é suprir o mercado interno, mas nossa ambição é ser o maior exportador para EUA e Europa quando chegar a hora.

Criada a partir de uma associação, meio a meio, com a o grupo Cosan, a Raízen começou a operar no último mês e já é a maior produtora brasileira de etanol e açúcar, com cerca de 10% do mercado e vai ter uma receita este ano US$ 35 bilhões.

A empresa está enfrentando a competição crescente da Petrobras, que investiu US$ 680 milhões em aquisições em março, e de companhias de agricultura que estão abocanhando usinas brasileiras para atender o aumento da demanda por açúcar. A Raízen também encara o desafio de renovar a indústria e ainda sofre o impacto da crise financeira global.

O Globo