Sindipetróleo é a favor da regulação do etanol pela ANP
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, confirmou na semana passada que o governo está estudando uma forma de regular a produção do etanol. Segundo Lobão, é preciso garantir o abastecimento dos automóveis que utilizam muito etanol.
Notícias divulgadas por veículos de repercussão nacional mostram que o ministro observou que a decisão ainda não foi tomada, mas ponderou que o governo estuda enviar uma nova lei ou Medida Provisória ao Congresso Nacional para mudar a regulação do etanol. Segundo Lobão, o governo também quer privilegiar empréstimos para as refinarias que produzem etanol, em vez de açúcar.
Existe ainda a preocupação do governo com o impacto no preço da gasolina, que recebe um percentual de álcool anidro (o produto que abastece o carro flex é denominado etanol hidratado).
O Sindipetróleo tem a informação de que muitos usineiros têm preferido produzir açucar por conta da valorização deste produto no mercado nacional e internacional. Mas outro grande impacto no mercado de etanol se refere a crescente demanda por conta da produção de carros flex. A produção de cana-de-açúcar não acompanha a produção de veículos.
A imprensa também divulgou que o setor produtor se mostrou preocupado em relação às mudanças sugeridas pelo governo brasileiro em relação à produção de etanol. Já os revendedores, representados pelo Sindipetróleo (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis de Mato Grosso), entendem que essa é uma das saídas para que se controlem as altas nos preços.
O Sindipetróleo esclarece que os preços dos combustíveis aumentam em cadeia por conta de aumentos ocorridos nas usinas produtoras de cana-de-açúcar e também nas distribuidoras. "Nós somente repassamos os aumentos. As nossas notas fiscais comprovam o que estamos falando. Assim como o consumidor, também não estamos felizes com esses aumentos", considera Bruno Borges, primeiro-secretário do Sindipetróleo. "O álcool é um combustível e tem de ser regulado e fiscalizado. Acredito que isso diminuiria a venda ilegal do produto", completou Borges.