Vendas de combustíveis em 2020 caem para menor volume em 8 anos, aponta ANP

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As vendas de combustíveis por distribuidoras no Brasil em 2020 caíram 6% ante o ano anterior, para 131,8 bilhões de litros, menor volume em oito anos, com um recuo importante no consumo de querosene de aviação, etanol hidratado e gasolina em meio à pandemia, apontaram dados da agência reguladora ANP.

A queda ocorreu diante de medidas de combate à proliferação do novo coronavírus. Entre maio e agosto, as vendas de combustíveis acumuladas no ano chegaram a ter queda superior a 8%, com uma leve melhora nos meses seguintes.

O volume comercializado pelas distribuidoras foi o menor desde 2012, quando as companhias venderam 129,7 bilhões de litros.

O combustível com a maior queda em 2020 foi o querosene de aviação, que caiu quase 50%, como resultado das restrições de voos para reduzir a circulação de pessoas, para 3,5 bilhões de litros, menor volume da série histórica da reguladora ANP, que remonta até o ano 2000.

Dentre os combustíveis mais comercializados, a maior queda foi observada nas vendas do etanol hidratado, que recuou 14,6% para 19,2 bilhões de litros, menor volume comercializado desde 2017 (13,6 bilhões de litros).

Já as vendas de gasolina C —concorrente do etanol hidratado nas bombas— caíram 6,1% em 2020 ante o ano anterior, para 35,8 bilhões de litros, menor volume desde 2011, quando foram comercializados 35,4 bilhões de litros.

As vendas do diesel —combustível mais consumido do Brasil—, por sua vez, ficaram praticamente estáveis, com alta de 0,3% no período, para 57,5 bilhões de litros.